quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sociedade fora da sociedade


Copos com apenas o que derreteu do gelo que restou do whisky, montanhas de bitucas de cigarro, muita cinza, cartas espalhadas, papéis por toda parte, alguns restos de comida e palitos e um inconfundível cheiro de noitada. Aquele cheiro que fica impregnado num local que passou por uma roda de baralho, cigarros, bebidas e idéias brilhantes que sumiram junto com a fumaça.

Essa uma realidade que me incomoda em alguns momentos, mas em outros, apenasme recolho ao meu cantinho e aceito, afinal, sei que não sou capaz de mudar o mundo sozinho. O grande problema. é que faço parte dessa realidade, o pior é reconhecer que as grandes cabeças, as pessoas que pensam muito a frente dos outros, não tem a menor vontade de mudar nossa realidade.

Apenas alguns prazeres carnais já são satisfatórios para suprir seus egos. Compartilhar suas brilhantes idéias com a população? Para quê? Ela é tão ignorante ao ponto de rir e te chamar de bobo, e infelizmente, o grande povo é maioria, portanto, deixemos eles enganados em suas vidinhas medíocres achando que já tem tudo que precisam na vida.

Pior do que ser "pequeno", é pensar pequeno. É se satisfazer com tão pouco que nos oferecem os manda-chuvas da sociedade. Você pode optar por viver sua vidinha mais ou menos, ou correr atrás de algo melhor, ou ainda, juntar-se a nós, intelectuais que se fecham aos seus grupos e se satisfazem como uma sociedade alternativa, uma sociedade fora da sociedade.

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