sábado, 30 de agosto de 2008

Aniversário do Rei do Pop

A música pop está em festa. O cantor Michael Jackson completou na última sexta-feira 50 anos de idade, mas sem comemoração. Longe do estrelato, recluso desde a absolvição da acusação de abuso sexual infantil, Michael é muito criticado por seu comportamento excêntrico e sua vida bizarra, marcada por poucas aparições públicas e ausência de material inédito.
Michael realmente se auto-destruiu, mas negar seu legado é no mínimo injusto. Seu terceiro álbum, Thriller, de 1983, é o disco mais vendido da história da indústria fonográfica. A qualidade de suas bases instrumentais também é indiscutível. Além disso, Michael produziu videoclipes que entraram para a história, com Thriller, Billie Jean e Beat It, tornando-se pioneiro em novas tendências.
O cantor carregada uma vida recheada de escândalos e tumultos, mas também a maior carreira da música pop até hoje. Que cantor conseguiria vender 250 milhões de cópias de álbuns no mundo? E reunir milhares de fãs num show? Fazer sucesso por mais por mais de 3 gerações? Façanhas conseguidas apenas pelo “jovem” astro, definição dada por ele mesmo em entrevista no dia de seu aniversário, jovem que começou ainda criança no mundo da música, como integrante dos “Jacksons Five”.
O futuro de Michael na música ainda é incerto. Ele recomeçará sua carreira? Ou esses 50 anos selam o fim do superastro? Seja como for, Michael Jackson foi e continuará sendo o maior cantor de música pop de todos os tempos, afinal quem já foi Rei, nunca perderá a Majestade.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

" Os esquecidos"

No último dia 20, o Tribunal de Justiça voltou a negar o pedido de liberdade do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados de assassinarem a filha de Alexandre, Isabella Nardoni, 6 anos, arremessada do prédio onde o pai e a madrasta moravam. Da notícia, só fiquei sabendo quando pesquisei na internet. Em todo resto da mídia, nada se houve sobre o caso. Apenas uma pequena nota, vez por outra, nos telejornais.
Caso típico de “fait- divers”, termo criado por Roland Barthes para designar o jornalismo sensacionalista, o caso Isabella caiu no esquecimento, como tantos outros. Suzana Von Richtofen, a moça rica que matou seus pais, permanece presa? O que aconteceu com o assassino do casal Liana e Felipe? E com os parentes das vítimas do Boeing 737-800 da Gol, que caiu em setembro do ano passado?
Vivemos na tão famosa sociedade do espetáculo de Guy Debord, onde tudo que vai pra mídia, vira show. E para virar show, a mídia explora, especula, arregaça o fato em si em busca da audiência. Na era da informação, onde o tempo real foi eliminado, somos bombardeados a todo momento por novas informações do fato e ficamos ali, em frente a TV, alardeados, assistindo a tudo como se fosse realmente um show, um espetáculo. Essa banalização faz com que a gente perca até mesmo a capacidade de nos emocionarmos. Se na vida real Isabella, de carne e osso, foi jogada do prédio uma vez, na vida da mídia, ela foi jogada milhares de vezes, com direito a efeitos especiais.
E assim segue a mídia, até que apareça um fato novo e o outro caia no total esquecimento. Arrisco a dizer que dessa maneira, é até difícil distinguir qual jornal, qual programa de TV é realmente sensacionalista, já que o que vemos é o jornalismo de modo geral explorando a dor alheia. Nós podemos não lembrar de Isabella, mas sua família ainda chora sua perda.
E os exemplos de casos esquecidos pela mídia não se limitam aos crimes. Casos de corrupção política, por exemplo, também são facilmente deixados de lado. Alguém aí ouviu falar algo sobre o “mensalão” nos últimos meses?
Dizem que o povo brasileiro tem memória curta, que esquecem rápido os fatos. Mas segundo o pensador McLuhan, uma sociedade se caracteriza de acordo com os meios de comunicação que possui. Fica então a pergunta: como cobrar dos brasileiros que se lembrem de vários fatos, se os meios de comunicação, esses que estão aqui para nos informar, também enterram fatos pra sempre?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Caça-palavras

Então é isso. Somos todos vítimas de um mesmo destino... escrever.
Mas escrever o quê? Sobre o quê? (Eu nem mesmo sei o que realmente me interessa!)
Acho que isso não importa.
Por um lado vai ser até bom porque poderemos aumentar (ou não) o nosso vocabulário. Mas na verdade só fazemos isso porque precisamos dos pontos pra melhorar o IRA e não sermos reprovados na disciplina.
Uma coisa é certa: esse blog gerou muita discussão e ainda vai gerar muita discórdia! Nem todos gostam de exibir, publicamente, seus textos mal-acabados (não que este seja um primor...) e outros vão falar pra todo mundo dar uma passada pra conferir aquele texto esplendoroso, daqueles que dão orgulho pra mamãe e merecem até moldura (definitivamene, o meu texto não é um destes!)
Mas no fundo há uma esperança... quem sabe ele pode chegar a nos unir um pouco mais?
Não que todos vão postar seus sentimentos. Melhor do que isso, vamos postar nossos pontos de vista, o que vai fazer com que descobriremos interesses comuns (e claro, outros totalmente contrários!)
Posso estar sendo utópica, mas eu gosto de acreditar nas coisas, mesmo que pareçam um tanto quanto impensáveis, irreais e até mesmo – porque não dizer? – cômicas!