sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Intimidade

Oi pessoal! Só agora consegui abrir minha conta no blogg. Sem saber muito bem o que falar, resolvi falar de intimidade. Aquele que disse que intimidade é uma M..., está mais do que certo. Depois de um algum tempo convivendo com as pessoas, você passa a ouvir e presenciar coisas que não gostaria de ouvir ou presenciar. Quantas vezes temos brigas homéricas em nossas casas com as pessoas que mais amamos e em contrapartida somos todo sorrisos com aquelas que não cultivam o nosso afeto?

Algumas pessoas têm muita dificuldade em reconhecer o limiar entre a sinceridade e a grosseria. E após conviverem muito tempo com outras pessoas que consideram como amigas passam a não medir palavras e atitudes e então falam o que bem entendem com o pretexto da amizade. Pensamos muitas vezes, que porque somos amigos ou amantes de determinada pessoa podemos soltar o verbo, chutar o pau da barraca e ofender sem o menor pudor.

Ao meu ver a intimidade deveria ser algo positivo. Algo que remetesse ao aconchego, ao conhecimento e ao reconhecimento. Deveria denotar acolhimento, calor e verdade. Ser íntimo de alguém significaria conhecer essa pessoa, entender ou buscar o entendimento. A intimidade jamais deveria ser usada contra alguém na forma de intimidação ou intimação.

Quem de nós já não se sentiu alguma vez, mais acalentado por um estranho do que por um amigo ou um familiar? Acho que o mau do mundo é a preguiça! A preguiça que as pessoas têm das outras pessoas e a preguiça que têm delas mesmas. Têm preguiça de conhecer a si mesmo e aos outros. Não entendem suas próprias atitudes, então não se dão ao trabalho de entender as de quem está do seu lado. Enfim, não é preciso ter muita experiência de vida para saber que não podemos esperar das pessoas as mesmas atitudes que teríamos em determinada ocasião. Mas continuo acreditando em amizades que vão além da mesa de boteco, ou do churrasco de fim de semana... Continuo acreditando e admirando a verdadeira e boa intimidade...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Liberdade?

É engraçado como as pessoas utilizam a palavra liberdade. Nos diferentes contextos ela quase sempre aparece como uma espécie de salvação. Como se tudo o que aconteceu até aquele momento fosse um sacrifício. É comum alguém que termina o namoro dizer que está livre, ou ao fazer 18 anos comemorar sua independência, e até mesmo o estudante ao se formar aclamar a liberdade.
Ninguém é escravo de alguém ou de alguma situação. Se uma obrigação nos foi imposta – o trabalho, o convívio familiar, os estudos, o casamento, etc – com certeza tiraremos bom proveito dela. E depois dizer ‘graças a Deus acabou’ é desperdiçar tudo o que poderíamos ter aprendido. Quem vive reclamando dos deveres ou da dependência não progride, continua passando pelas mesmas situações e ainda colocando a culpa no outro ou na má sorte.
A verdadeira liberdade está em gostarmos daquilo que estamos fazendo e das pessoas próximas a nós. Claro que isso é quase impossível para meros seres humanos, mas o mínimo esforço para, pelo menos, não odiarmos aquilo ou aquele já é válido. Guardar rancor, brigar, entristecer, desanimar... Isso sim nos torna escravos. O fim não significa a libertação, mas o início de uma nova fase que, dependendo de nossa atitude, será melhor ou pior.

domingo, 26 de outubro de 2008

Porquê o povo é assim?


Sempre após um pleito fico com a sensação que o povo nunca faz as escolhas certas. Mas de qualquer maneira tenho que se respeitar a decisão da maioria, pois vivemos num país democrático onde o que vale é o consenso da ampla maioria e não o das pequenas minorias. Entretanto, ainda falta uma consciência política nessa grande maioria que vota pela obrigatoriedade, e isso prejudica o processo eleitoral.
A grande parte da população não tem acesso à informação de qualidade e a outras formas de mediações que não sejam pela televisão e o rádio. Agregando a isso, soma se a falta de motivação desta grande maioria em participar das discussões políticas e econômicas que permeiam a sociedade. Esse o principal motivo por achar que o povo faz as escolhas erradas. A grande parte da sociedade ainda comporta-se como os idiotas da Grécia Antiga e alija-se de fazer as melhores escolhas.
No Brasil existe uma enormidade de partidos políticos, essa variedade causa um distanciamento do povo e das ideologias desses partidos. Ainda hoje, século XXI, poucas pessoas têm filiação partidária, isso faz com que as pessoas elejam seus candidatos não pelos seus ideais ou planos de governo e sim pelo carisma que essas pessoas aparentam ter diante da mágica tela da tv.
Todo mundo sabe que o PSDB e um partido elitista que tem seus ideais voltados apenas para seu próprio umbigo, e, mesmo assim, essa pequena elite consegue controlar e manipular a grande maioria da população. Do outro lado temos o PT, partido dos trabalhados, que sempre esteve à frente das lutas pelos direitos e pelas melhores condições de vida do trabalhador, que acorda cedo, trabalha muito, ganho pouco e volta tarde para casa. Não entendo como os trabalhadores, integrantes das classes mais baixas, não votam no partido que mais se aparece com eles. Não entendo, mas respeito.
Na verdade eu entendo sim, a questão e que o povo também quer um dia fazer parte dessa pequena elite que governa, manda e manipula o Brasil. Deve ser por isso que ele esquece da sua atual situação e vota naquilo o que ele gostaria de ser.

O pior cego é aquele que não quer enxergar.


Depois de assistir “Ensaio sobre a Cegueira”, do diretor Fernando Meirelles, passei a compreender melhor o que muitos críticos de cinema tentaram traduzir como alucinação em cena. Alucinação não no sentido de percepção real de algo inexistente, mas em seu perfeito oposto, o sentido não palpável de algo existente: a cegueira em massa no filme é retratada como uma desordem sem tamanho e aqueles que participam dela não a percebem em real grandeza pelo fato de não poderem enxergar. E só por esse aspecto, o filme já vale, não só a sua repercussão, mas também o seu mérito.

Para muitos críticos, europeus e norte-americanos principalmente, o filme representou apenas a união de cenas causadoras de uma angústia deprimente. Desmerecidamente, claro. Para nós, não só pelo fato de sermos brasileiros, mas principalmente por vivermos num país onde esta forma de arte é tão desvalorizada, este filme deve ser um marco na história da cinematografia do país. Muitas pessoas talvez não tenham percebido a sua importância, que vai muito além do fato de que é somente um bom filme para se assistir. Ele representa parte do que muitos cineastas no Brasil tentam ou anseiam fazer e que não o realizam por falta de recursos ou incentivo. Para europeus e norte-americanos – compatriotas de diretores como Orson Welles, Federico Fellini, Michelangelo Antonioni, Steven Spielberg, James Cameron, um passo como esses pode realmente não representar muito, mas para nós, só não enxerga isso quem não quer de fato.

Atualmente o cinema brasileiro vem crescendo muito e devemos desvincular a sua imagem de um cinema que só trata de desigualdades sociais e violência. Devemos acreditar que podemos ir além, que damos conta da realização de superproduções e de elencos de renome, não só nacionais, mas internacionais também. Que somos capazes de adaptar romances vencedores do prêmio Nobel de literatura ou obras que são recordes de venda nas livrarias para os telões.

O filme “Ensaio sobre a Cegueira” merece o reconhecimento e aplauso do público, principalmente brasileiro. Não só por uma questão de nacionalismo sem pressupostos, mas principalmente por se tratar de uma conquista que deve ser aclamada. Para nós, que ele seja um exemplo e uma inspiração em futuras realizações.

E tudo volta a ser como era antes

Chegou o grande dia. Hoje saberemos, finalmente, quem será o novo prefeito ou prefeita de Juiz de Fora. Foram longos meses de panfletagem, horário eleitoral, comícios, corpo a corpo e debates. O assunto na cidade era um só: as eleições. Em qualquer rodinha de conversa, independente da idade, o assunto sempre acabava surgindo. A cidade aspirava política. Era inevitável ficar fora desse processo.
A população nunca esteve tão envolvida. Talvez o escândalo que assolou a cidade envolvendo o ex-prefeito Alberto Bejani explique o fato. Uma necessidade de participação aflorou na população, que decidiu então “tomar partido”, literalmente. E isso de fato aconteceu! Após o primeiro turno, a cidade ficou dividida entre o candidato Custódio Matos e a candidata Margarida Salomão. Cada eleitor fazia questão de desfilar com o adesivo do seu candidato, mostrando para todo mundo pra quem iria seu voto. Aliás, o adesivo acabou se tornando em um acessório de extrema importância, um charme a mais no look.
Nessa disputa eleitoral, falar mal de algum candidato pode render grandes desentendimentos, discussões intermináveis. E as discussões poderiam acontecer em qualquer lugar, até na internet. Muitas comunidades no Orkut foram palcos de debates ferrenhos, mostrando que as pessoas levaram a sério essa história de tomar partido. Cada um defendia o seu candidato como podia, seja enviando e-mails com difamações sobre o adversário ou espalhando boatos em instituições religiosas. E a culpa desse clima de hostilidade é dos próprios candidatos, que nessa reta final estavam com os ânimos exaltados e partiram para uma campanha apelativa e agressiva.
O calçadão aos sábados se tornava uma arena, onde os candidatos e seus cabos eleitorais tentavam devorar uns aos outros. Valia de tudo: provocações, gritos de guerra, disputa de transeuntes, confronto de bandeiras e muita panfletagem. Muitos ali presentes estavam por livre e espontânea vontade, por engajamento político. Outros, entretanto, estavam ali motivados pelo dinheiro que iriam receber.
Mas agora tudo isso é passado. Acabou a folia. Os garis agradecem, pois poderão voltar ao seu trabalho normal. Não terão que fazer hora extra no fim de semana para limpar os rastros deixados pelos seus candidatos. A nós resta esperar, para saber quem vai ganhar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Esse é o prefeito ou a fila tem que andar?

O que me motiva a escrever sobre o debate que há poucos minutos se encerrou na TV Panorama, com os candidatos a prefeitura de Juiz de Fora (Custódio Mattos e Margarida Salomão) é mais além do que falar pela primeira no blog (talvez na vida) sobre uma temática séria quanto a política. Sim, eu sei ser sério ou lidar com seriedade alguns temas e por mais que política possa render algumas boas tantas piadas, eu vou me ater a ser um jornalista com quatro ângulos retos.


Em uma última conversa dentro de sala, um mini-debate foi gerado e eu defendo a posição que eu tive na hora: acredito que toda a sociedade tem, cada vez mais, se tornado mais politizada e menos influenciável sob circunstancias quaisquer. Tanto que defendi que se caso parecido ao da manipulação do debate de 89 com Collor e Lula fosse exibido em dias atuais, as influências seriam outras e talvez o efeito não seria ter colocado o moço-bonito em Brasília. E o metalúrgico entraria lá 12 anos antes.


Sim, a sociedade está ficando mais esperta, ou mais inteligente, ou seja lá mais o que for, o importante é que mudanças tem havido em todo o contexto, não se acreditam mais nas velhas ovelhas vestidas de lobo como antigamente. O público dorme com um olho aberto, por isso, vai uma dica para quem quer: não subestime como subestimávamos antes. E não acontece diferente em Juiz de Fora.


Serei bom político em um debate: por que acreditar em mim? Não tenho propostas de governo, nem escritas, nem faladas. Até porque não me candidataria nem a presidente de turma. Acreditem em mim por dois únicos motivos para que eu seja (fui e serei) imparcial nessa minha crítica. Por mais que eu tenhas minhas preferências e ontem mesmo tenha colado uma certa ‘flor’ em meu peito, eu posso ser um cidadão escroto e dizer que não voto aqui. E me justificar por isso, seria ruim, feio e anti-ético? Sim, mas é uma justificativa. Minha zona é em Cataguases. A segunda justificativa, mais escrota ainda é que me mudarei ano que vem e espero não voltar para cá, logo se aqui virar um aterro, venho só para tirar quem gosto daqui e levar para a civilização. (Está bem, já pode perceber que não gosto tanto daqui, exagerei, gente? Mas é fato!)


Então, o que posso tirar desse debate que se realizou é que voltamos a velha e boa briga de cachorro grande: PT versus PSDB. Vertentes, pelo menos na teoria, contrárias, passados políticos contrários e, principalmente, ideais práticos contrários. Mas uma coisa é interessante que muito se falou e esbarrou no que disse anteriormente: o interesse pelo novo. É claro que é interesse do TSE que a fidelidade aos partidos se recomponha e se torne algo adequado e importante na decisão dos eleitores, pois votar em candidato é importante, mas as coligações dos partidos e os interesses por detrás desses acordos devem ser levados em consideração.


Sem me prolongar mais, vejo que essa foi a eleição dos jovens. Em minha cidade, de sete candidatos a prefeito, o vencedor foi eleito majoritariamente pelos jovens, e detalhe: era um jovem. O jovem quer mudar, quer ser aquilo que sempre foi: o poder transformador do hoje em um amanhã. Por isso, seja qual for o prefeito que o público for escolher para valer o slogan de “esse é o prefeito”, é importante que a fila ande e mais ainda, que respire o amanhã, em Juiz de Fora, em Cataguases, no Rio de Janeiro, no Estado de Minas, no País, no Mundo. Respirar o amanhã, isso é o que mudará o rumo da política e já está mudando!



Patético ou pateta?

Já me disseram que a preguiça é a mãe do progresso. Me bastaram alguns argumentos sofistas para acreditar na coisa toda, mas pouco tempo depois já estava eu duvidando da validade da tal frase. Dizem que se não fosse a preguiça, não teríamos inventado a roda, e daí a bicicleta, que um dia nos cansou e o cansaço trouxe à cabeça a idéia de um carro. Criamos a televisão, mas levantar-se para trocar o canal tornou-se uma atividade física estafante, o que nos fez criar o controle remoto. Mas ter um controle remoto para cada um de nossos aparelhos eletrônicos era cansativo, então criamos aqueles controles remotos universais, que nunca foram pra frente.

Se aplicarmos o raciocínio ao cotidiano, veremos que ele continua fazendo sentido: se você tem um emprego chato, mas tem preguiça de impor qualquer mudança, lá você vai continuar até que a sua redentora aposentadoria chegue, para salvá-lo do marasmo. Com ela, vem o estímulo que você sempre precisou para pintar as paredes da sua casa (coisa que você sempre quis fazer, mas sempre teve preguiça). Pronto, a preguiça não foi obstáculo e você chegou onde chegaria, de qualquer forma.

A preguiça é, na verdade, a explicação para uma das características mais humanas do ser humano: a tendência a se seguir o caminho mais fácil. Nós temos preguiça de pensar em todas as curvas que possivelmente existirão no outro caminho. Os dois eventualmente nos levarão ao mesmo lugar. Contudo, ao escolher o atalho, estaremos perdendo uma ótima oportunidade de transformar nossa história em uma incrível peça de entretenimento.

Que graça teria se a moça do filme se ajeitasse com um carinha bacana, nem feio nem bonito, nem rico nem pobre, e com ele ficasse até o final, morando em uma casa de classe média e fazendo economias para comprar um carro melhor? Ele tem que trair, fazendo então a pobre moça chorar, na chuva, enquanto grita: "POR QUÊ? POR QUÊ???". Aí então, ele pode se arrepender e pedir pra voltar, mas nesse ponto ela já espantou a preguiça e foi procurar um outro alguém que lhe desse valor. Uma hora e quarenta depois, as curvas do caminho os levam para o altar. É o final feliz que todos esperamos, tendo seguido a estrada mais simples ou não.

No fim, a preguiça faz de nossas vidas patética. Escolher a via mais árdua pode fazer de nós belos patetas, enquanto encontrar o meio-termo é ser puramente condescendente. A escolha deve ser feita entre duas opções, então: você prefere ser patético ou pateta?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

BA: VANESSÃO MORREU!


Depois de levantar a polêmica para com os fãs da diva trava-trash, de RONDÔNIA, onde fica Ji-Paraná e não no Pará, como bem lembrou Teobaldo, apurei (leia-se uma amiga me confirmou e certifiquei no google) que Vanessão MORREU!

Leia matéria na íntegra:

Desde que o vídeo com a travesti Vanessão foi postado no YouTube, não se faz outra coisa a não ser rir do que já foi chamado de a "travesti mais fuleira do País". Antes muita gente fosse fuleira como Vanessão. Acabo de confirmar com o jornalista Aguinaldo Cezar, do programa Plantão Policial, noticioso policialesco de Ji-Paraná, em Rondônia. Ela foi assassinada.

Vanessa Clementino de Jesus Oliveira morreu há aproximadamente um ano, assassinada em Ariquemes, cidade vizinha de Ji-Paraná. Vanessão era uma pessoa muito "explosiva", nas palavras do repórter, que nem imaginava o fenômeno em que se transformou o vídeo com a travesti, que imortalizou gírias como "o babado é cer-to", "vê se tem deiz reaiz na carteira dele, quirido", "vai me dar siiiim", "se ele não me der, de boa querido, já arrebentei a moto dele mesmo".

O mais impressionante é saber que ela foi assassinada há um ano e, enquanto isso, milhares de comunidades foram criadas no Orkut, vídeos foram postados e ninguém nem sabia do ocorrido com a pobre travesti que fazia programa na BR. Detalhe: o vídeo postado no YouTube já teve mais de 750 mil acessos e quase 1 mil comentários, transformando a travesti em uma verdadeira "estrela" e diva do mundo internético.

Vanessa meteu o "tamanco no tanque" da moto de um cidadão que teria contratado seus serviços sexuais em Ji-Paraná. Cobrou R$ 40 para que ele fizesse um "quéti" (boquete, com direito a atendimento completo, não preciso explicar mais que isso, ok?), debaixo de um pé de árvore. Eles foram parar na delegacia porque ela recebeu apenas R$ 20 e fez o estrago no veículo.

O jornalista, que fez a matéria sobre o fatídico dia, diz que não tem muitas informações sobre o crime, porque foi cometido em outra cidade. Sabe por que muita gente poderia ser que nem ela? Ela era sincera!E o repórter confirmou: "naquela história toda, com o motoqueiro, ela tava falando a verdade".

Descanse em paz, Vanessa, porque o babado é cer-to!

***

Vocabulário do New-journalism:

B.A. : BAFÃO APURADO! :O

Por uma questão de opção

Como você explicaria o caso da menina Eloá? Uma menina de 15 anos, aparentemente feliz, rodeada de amigas e amigos, estudiosa que perde a vida após o ex-namorado, de um relacionamento de mais de dois anos, lhe dar um tiro na cabeça e outro na virilha esquerda. Pensando no antes e no depois, tive minhas sinceras dúvidas: Será que conhecemos bem as pessoas que nos rodeiam e/ou com as quais no relacionamos? Eu, depois de refletir sobre atos de colegas que me surpreenderam e de acompanhar o episódio ocorrido em Santo André-SP, percebi que não. As pessoas são joguinhos de quebra-cabeça. Em cada momento nos mostra uma peça que as completam. Juro que pedi ao meu namorado que não me matasse quando nosso namoro chegasse ao fim. As pessoas têm manias de possessão quando o assunto é namoro. Se for meu namorado, é meu objeto. Como se tivesse comprado o companheiro numa feira e a partir daquele momento, pra soltar um pum, precisaria de autorização do dono. Tipo cachorrinho na coleira: acompanha, faz tudo certinho, senta, deita, que dependendo ganhará um osso. Esquece que quem está ao seu lado é uma pessoa com sentimentos, desejos e vontades, e mais do que isso, ela não é obrigada a ficar com você. Mas, pior do que o dono, que pensa ser o proprietário de alguém, é o domado que aceita a situação. Nós nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos. Não precisamos de ninguém em especial para sermos felizes. Costumo dizer que sou minha melhor companhia, e creio que todos deveriam pensar assim. Sabe aquela frase: antes só do que mal acompanhado? Lembre-se dela sempre!
Lindemberg disse não ser nada sem a ex-namorada, então qual foi o motivo pra aquele louco matá-la? Dali pra frente teria, por culpa dele, que viver sem ela. “Mas ele é desequilibrado!” Você deve estar pensando. Mas eu retruco: “Ele não era antes disso tudo. Todos falavam que ele era uma boa pessoa, feliz, não bebia, não fumava. E aí? Qual a explicação?” Quem me garante que alguma pessoa que convive comigo não pode de repente se desequilibrar e resolver me matar? É isso que critico quando vejo amigas e amigos chorando por não terem um namorado. Auto-suficiência minha gente! Temos que ter a certeza de que nós somos mais nós, antes de qualquer outra coisa. Para que ter alguém só pelo fato de ter alguém? Homens e mulheres existem aos montes por ai. Você vai ter muitos, e sempre achará que aquele da vez será o amor pra vida toda. Engano seu. Mas, se der sorte, será mesmo. Não temos certeza de nada na vida. Até porque, se tivéssemos, pode apostar, não teria graça nenhuma. O bom da vida é descobrir, se descobrir. Descobrir que o babaca que você gosta não te merece, que o outro que você esnoba pode te fazer muito feliz e que ficar sozinha por um tempo não faz mal a ninguém. “Feliz”: essa é a certeza que temos que ter, é o caminho da felicidade que se deve seguir. Não concorda? É uma opção sua. Assim como eu acho que é uma opção sua seguir o caminho que você segue. A escolha é pessoal. Só depende de você, e eu só estou dando um toque!

Vamos rir com ética


Uma coisa tem me chamado muita atenção na televisão brasileira: a nova vertente do humor. Programas como CQC e Pânico têm roubado audiência de programas tradicionais. O caráter de humor "escrachado", ousado e até mesmo informativo tem rompido com alguns parâmetros da TV. Uma espécie de máscara transparente, onde os humoristas-repórteres buscam desmistificar as celebridades, políticos, pessoas públicas no geral, através de quadros que induzam o espectador a enxergar um ícone nacional como uma pessoa comum.
Quadros como o Em Foco do CQC, chegam mesmo, a ridicularizar a capacidade de argumentação do entrevistado, que muitas vezes são políticos ditos sérios e que normalmente não cedem entrevista a programas de humor. Como foi o caso de José Genuíno, que no quadro, mostrou-se extremamente flexível ao repórter-humorista, creditando a ele confiança total por não saber que estava dando entrevista ao CQC.
O contraste entre a abordagem feita por um telejornal formal a um político e a de um programa de humor é absurdo, não digo que há um melhor e nem pior, porque são abordagens diferentes com intuitos diferentes. Mas fico pensando no telespectador e nos índices de audiência, nos indicativos de interesse. Os programas de humor tem tido a capacidade de aproximar os políticos do espectador. A perseguição contínua aos prefeitáveis nas cobertura do CQC às eleições foi algo, senão informativo, ao menos foi intrigante, as perguntas abertas e sarcástica levaram o Brasil a bons risos e os candidatos ao desespero.
O IBOPE desses programas tem sido algo tão forte que no 4° Festival Internacional de Televisão, haverá um debate no dia 5 de novembro, entre os líderes Marcelo Tas (CQC) e Emílio Surita (Pânico) que tratará do humor na TV. A abordagem das novas formas de se fazer humor e seus limites serão discutidos. Até que ponto é conveniente aos próprios veículos de comunicação essa desmistificação do poder da imagem pública, até que ponto o humor pode ser usado como instrumento de protesto político e quais os parâmetros éticos dentro da produção desses programas.
Se formos tratar de ética deveríamos questionar também as coberturas exageradas, que utilizaram-se de uma tragédia para dramatizar, quase tornar uma novela, casos como o do João Hélio, da Isabela Nardoni e, mais recentemente, o da jovem Eloá Cristina. A proposição do Imepachment do Presidente Collor, o apelo das telenovelas para o sexo.
Enfim, ética na TV brasileira é um caso de interesse, é quase subjetivo. Quando se apresenta quadros como o Proteste Já do CQC, onde o jornalista Rafael Bastos recebe denúncias de problemas sociais e tenta resolve-los da forma mais simples possível, indo ao local e procurando o responsável pelo problema, dando-lhe um prazo máximo para a apresentação da resolução, isso pode não ser ético para uns. Sobre a ética do novo humor, Marcelo Tas, produtor do programa CQC, diz : "Quanto à ética, quero esclarecer: a função social do 'CQC' é incitar." E isso pode ser extremamente desconfortável.

O "pulmão do mundo" está deixando de respirar!


Com extensão de aproximadamente sete mil quilômetros espalhados por vários territórios e uma biodiversidade incrível, a floresta amazônica vem sendo alvo de inúmeros problemas que posteriormente irão afetar a toda humanidade.
Dizem que o Brasil é o “berço esplêndido”, por ter em seu território a maior parte do “pulmão do mundo”. Que outro país, tem a extensão com área verde, com chuva, com a suavidade climática que tem o Brasil? Não há dúvida de que o quê promove o equilíbrio aqui são as florestas. E é justamente este equilíbrio que está sendo perdido, num curto período de tempo.
Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Há também a grande quantidade de queimadas na floresta, por parte de fazendeiros que nunca estão satisfeitos com as dimensões de suas terras. Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas, pois em pouco tempo podemos sair de um ambiente confortável para uma situação de desastres contínuos.
É claro, que esses desastres preocupam a todos nós, mas o que mais me indigna é saber que cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, e levam milhares de amostras de plantas e animais para seus países. Pesquisam e desenvolvem substâncias, que futuramente o Brasil terá que pagar pra poder utilizá-la.
Estamos deixando de lado o nosso bem mais precioso, e se não tomarmos uma atitude, outros países irão fazer isso pela gente!
Se você acredita que pode fazer a diferença ou é interessado pelo o que acontece na amazônia, existe um portal chamado Globo Amazonia, que além de informações sobre a floresta, o usuário pode monitorar focos de queimadas e detectar desmatamentos em tempo real através do mapa Amazônia.vc.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Como Pode?

Na última semana, vivemos o drama da menina de apenas 15 anos, Eloá, sequestrada pelo seu ex-namorado, Lindemberg, em Santo André, SP. Acompanhamos minuto a minuto, o sofrimento da jovem e as ações da polícia, aliás, altamente questionáveis. Através da imprensa soubemos de cada novo movimento dado, cada nova negociação, cada dilema resolvido ou não, dos cinco dias de sequestro. Como podem cinco dias? A polícia deu muito tempo para esse jovem insano, permitiu que essa história irracional durasse tanto tempo e ainda aceitou que uma refém que já havia sido libertada, voltasse ao cativeiro para ajudar nas negociações. Como pode isso acontecer? Mesmo sem ser perito em táticas policiais, em ações anti-sequestro, sei que a preservação da vida deve ser primordial para uma corporação que se julga tão bem treinada como a de São Paulo. No entanto, preservou-se a vida do sequestrador, diversas foram a chances de atingir o rapaz, de invadir o cativeiro, de dar um fim ao drama. Mas o fim foi de fracasso, em meio a tantas negociações, tantos dias de conversa o resultado foi a morte da menina Eloá, que tomou dois tiros e o ferimento de Nayara, a refém que já havia sido libertada. Como podemos confiar em uma polícia que se deixa levar por conversas de um jovem maluco que comete um crime em nome do "amor"? As respostas para as perguntas feitas talvez jamais sejam respondidas e para nós resta apenas continuar acompanhando novas histórias como a de Eloá

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dá um trocado?

Eu não agüento mais andar nas ruas de Juiz de Fora e ser parado de dois em dois metros por um pedinte ou vendedor ambulante! Quero deixar claro que eu não sou contra quem ganha a vida vendendo rosas ou paçoca pelos bares da cidade, ou ainda, contra àqueles que como ganha pão resta chorar por migalhas. O que me deixa profundamente irritado é a insistência das pessoas. Eles perguntam se eu tenho. Digo que não. Eles retrucam: mas nem dez centavos. Repito: NÃO. E depois desse diálogo curto já vi as os mais variados tipos de reação, desde um "obrigado e vai com Deus" até um "vai pra puta que te pariu"!Pior do que estes que pedem por pedir, são os insensíveis que jogam baixo na busca de um transeunte mais caridoso. São pais que colocam seus filhos com caixas de chicletes pelas ruas enquanto os observam, fumando atrás de algum poste próximo, ou ainda, mulheres que saem nas ruas com bebês recém-nascidos no colo e se possível te mostram o rostinho do mesmo.Não sou de pedra. Nem tão pouco um ignorante que não entende que isso é parte conseqüente de um sistema desigual. Mas confesso estar de saco cheio de não conseguir sentar para tomar uma cerveja com alguns amigos e sem que eu tenha que agüentar “vai uma rosa?", "tio, me dá um trocado", "vai outra rosa?”, “paçoca?", "Já te ofereceram uma rosa?", "Cara, intera minha passagem?".Não é dando esmola que se ajuda ninguém, ainda mais quando a gente sabe que muitos pedintes, usam o dinheiro que ganham pra beber, cheirar, fumar. Nada contra o que cada um faz com o que tem, mas já está difícil sustentar meus vício que dirá ter que sustentar os dos outros. Temos que abrir os olhos e ver se não estamos formando um exercíto de novos profissionais: Os mendigos por profissão! Já que muitas vezes é mais fácil pedir do que correr atrás para garantir um salário.Quando eu fui a Floripa, quatro anos atrás, vi espalhadas pelas ruas placas que diziam: Quem dá esmola não dá futuro! E eu concordo plenamente.Quanto aos vendedores ambulantes, acho que estão, de forma digna e honesta, correndo atrás do deles. Só que às vezes, me estressa sentar em um bar e me sentir no meio de uma feira.Cabe às autoridades competentes propiciar empregos e condições justas de trabalho para que essas cenas não sejam insuportavelmente corriqueiras e a nós, cidadãos, cobrar para que isso seja feito rápido e de maneira eficiente.

Internacionalização da miséria

A união européia lançou um pacote de medidas na semana passada para evitar o desmatamento e a exploração ilegal de madeira. No entanto, as medidas são insuficientes, pois não impedem de todo a entrada de madeira ilegal na Europa e nem cria normas que permitam aos consumidores, saber se a madeira é de origem clandestina.
Os europeus não fazem sua parte. Parecem não se preocupar com o desmatamento. Entretanto, quando o assunto é internacionalização da Amazônia tomam uma posição um tanto quanto paradoxal:
"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas".(Margaret Thatcher, primeira-ministra da Inglaterra, Londres, 1983.);
"O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia". (François Mitterrand, presidente da França, Paris, 1989.);
"A Amazônia deve ser intocável, pois se constitui no banco de reservas florestais da humanidade." (Congresso de ecologistas alemães, Berlim, 1990.);
"A Amazônia é patrimônio da humanidade. A posse desse imenso território pelo Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador é meramente circunstancial". (Conselho Mundial das Igrejas Cristãs, Genebra, 1992.);
"As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum a todos no mundo. As campanhas ecológicas internacionais que visam à limitação das soberanias nacionais sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandística para dar início à fase operativa, que pode definitivamente ensejar intervenções militares diretas sobre a região". (John Major, primeiro-ministro da Inglaterra, Londres, 1992.);
Sem falar nos americanos:
"Só a internacionalização pode salvar a Amazônia". (Grupo dos Cem, cidade do México, 1989.);
"Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós".(Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos, Washington, 1989.);
"A liderança dos Estados Unidos exige que apoiemos a diplomacia com a ameaça da força". (Warren Cristopher, secretário de defesa dos Estados Unidos, Washington, 1995.);
"Os países em desenvolvimento com imensas dívidas externas devem pagá-las em terras, em riquezas. Vendam suas florestas tropicais". (George W. Bush, candidato à presidência dos Estados Unidos, em debate com Al Gore, Washington, 2000).
Acredito estar bem claro qual é o verdadeiro interesse pela Amazônia: seus recursos hídricos. Estamos caminhando de encontro a um período de racionamento de água e a moda é internacionalizar a Amazônia. Ao invés de trocar a Amazônia pelo fim da divida, por que não propor a internacionalização da miséria no mundo em troca da Amazônia? Justo não?

Relacionamento deshumano

Trabalhando e vivendo, andando pelo mundo, vi o tamanho da dificuldade que as pessoas têm de conviver em grupo, de viver em harmonia. Quando aparece alguma novidade a primeira reação das pessoas, normalmente, é rejeitá-la. Se uma pessoa nova chega ao grupo ou se um novo grupo é formado, como uma sala de aula, por exemplo, a tendência é a exclusão do diferente. Ou ainda a formação de “panelas” dentro de grupos. Em uma malharia, a linha de produção conta com um quadro de funcionárias que trabalham com um mesmo fim; produzir peças em quantidade suficiente para atender o mercado consumidor.É impressionante a dificuldade que esses funcionárias têm de se entender. Em uma mesma seção elas devem fabricar a mesma peça com intuito de alcançar a meta e ganhar um valor em dinheiro como prêmio de produção. Não conseguem se entender se não fazem parte da mesma panela, ou seja, lá nem se colocarmos um pote de dinheiro e provarmos às pessoas que só se harmonizando vão alcançá-lo funciona.As pessoas provam que cada vez mais têm dificuldade de coexistir e trabalhar em conjunto, o individualismo está imperando na sociedade em que vivemos e o mundo não vai caminhar bem dessa forma. Em grupos pequenos como uma sala de aula não há sentimento de união, é a era do cada um por si.Claro que isso é um reflexo de uma esfera maior – que constitui o poder público – sobre a população. Com o descaso dos governantes que só pensam em “engordar o próprio gado” as pessoas acabam decidindo que o melhor é crescer a qualquer custo, mesmo que para isso tenham que atropelar que estiver pela frente. Não poderia ser dessa forma, já temos problemas demais para arranjarmos mais um com nossos semelhantes, deveríamos nos unir como forma de criarmos uma solução para os problemas, afinal de contas viemos ao mundo parar somarmos com nosso semelhantes. Infelizmente cheguei a uma triste conclusão: O problema da Humanidade é o próprio Homem.

domingo, 19 de outubro de 2008

Psicologia médica

Moro com uma estudante de medicina. Como sabem, a diversidade sempre acrescenta algo. Num dia desses, ela me dizia que aprendeu na aula de Psicologia Médica, que mais de 60% das doenças provêm de cunho psicológico.
Associei isso a uma passagem do livro “Quando Nietzsche, chorou” em que o paciente Nietzsche questiona seu médico sobre o direito que pode ter um médico em esconder a verdade de seu paciente. Comecei a discordar do filósofo e a crer que nesse caso a mentira pode se tornar um antídoto.
A melhora de um enfermo quando se faz uso de um placebo é a maior prova de que a esperança realmente traz benefícios fisiológicos. Se a função de um médico é lutar pela saúde física e mental de seus pacientes, acredito ser válido mentir. A verdade absoluta só deve ser utilizada quando a mesma trouxer algum benefício no tratamento do mesmo, ou quando ao menos, não traga nenhum tipo de desestímulo na sua cura.
Fico imaginando, quantas doenças perturbam o sono das pessoas, causam dor e desestruturam famílias, tendo total proveniência na mente humana, nesse stress do nosso trabalho diário e nesse vazio dos relacionamentos modernos. As pessoas precisam ficar doentes pra perceber que lazer, relaxamento são necessidades vitais.
Dessa forma, se uma mente insana pode trazer malefícios como o câncer, os médicos precisam dosar com muito cuidado o que dizer a seus pacientes. Não se pode de todo mentir, mas seria cruel e inapropriado tirar de um enfermo toda sua esperança. Os médicos precisam ser um pouco menos negligentes em relação aos efeitos da mente humana e trabalhar mais o lado fisiológico associado ao lado psicológico. E, é claro, fazer um trabalho de conscientização de que a prevenção é essencial.

Vamos aproveitar!

Hoje estava vendo algumas fotos e lembrando momentos de quando entrei na faculdade. O trote, a primeira chopada, a calourada vip, o segundo período,... E caraca, como isso tudo passou rápido! Já estamos no quinto período, você já parou pra pensar no que isso significa? Isso significa que metade da faculdade já se foi, que daqui a dois anos estaremos formados. Só de pensar, sinto um arrepio. Um medo apavorante.
O que será de mim? Que rumo cada um vai tomar? Estaremos empregados? Estarei trabalhando em algo que gosto? São tantas perguntas, para nenhuma resposta. Só com o desenrolar do tempo é que essas perguntas serão respondidas. Então para não sofrer por antecipação, voltemos ao presente.
Mas no presente também existe alguns questionamentos a serem levantados. O que eu fiz até agora na faculdade? O que estou tirando de proveito da Facom? Acho que está mais do que na hora de fazermos alguma coisa e não ir apenas levando. Poderia dizer que devemos arrumar um estágio ou pensar, já, na monografia de final de curso. Mas não, prefiro falar que devemos aproveitar.
Aproveitar o ambiente, os amigos, o contato com os mestres e doutores, as disciplinas, as chopadas, a oportunidade de conhecer novas pessoas pelos corredores a fora... Enfim, aproveitar! Afinal somos vencedores. Vencemos a etapa do vestibular e estamos prestes a vencer outra etapa. Quantas pessoas não gostariam de estar no nosso lugar? Quantos não sonham em estudar na UFJF? Mesmo que muitas pessoas questionam a sua qualidade de ensino, ela é uma grande referência. É o sonho de muita gente.
Devemos, então, parar de reclamar da nossa faculdade. Falar que falta isso ou aquilo, adianta alguma coisa? Não. Temos é que dar mais valor o que temos e a esse momento que estamos vivendo. Fazer a nossa história ou pelo menos marcar esse momento, para que seja lembrado pro resto da vida, como o mais feliz. Esta pode ser uma das melhores fases de nossas vidas. Só depende de nós!

sábado, 18 de outubro de 2008

Informação: a sombra do espetáculo

Qual o principal papel da televisão atualmente? Alguns acreditam que ela é educadora, outro que ela é apenas um veículo que nos transmite informações que consideramos essenciais. Mas, prestando um pouco de atenção, podemos perceber que o que realmente prevalece na "telinha" é a manipulação dos telespectadores.
Tudo o que assistimos, antes de ir ao ar, passa por vários filtros, como o do jornalista, que escolhe o enfoque que dará ao assunto; ou o do entrevistado, que seleciona o que e como irá responder às perguntas. E o que chega a nós, na maioria das vezes, nãopretende apenas nos informar, mas, muito mais que isso, pretende fazer com que vejamos a situação apenas do ângulo que o veículo nos mostra, com que pensemos como eles querem. Éo fenômeno da massificação: um público totalmente heterogêneo recebe o mesmo tipo de informação, sem levar em conta o repertório de cada um.
Os telejornais transformam a notícia num espetáculo. Muitas vezes dão muita ênfase a um ainformação que é chocante, mas que não mudará nada em nossa vida, e dão apenas uma pequena nota sobre um fato realmente relevante. Como notícias de economia, que são curtas e geralmente sucedidas por notícias de esporte, sempre muito enfatizadas.
Há programas, como as novelas, que criam uma idéia de mudo totalmente irreal. Todos sabem que é encenação, mas não deixam de querer aquilo para suas vidas. è um modo de vida totalmente fantasioso, forçado, estereotipado, que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar da vida real.
Há cinqüenta anos atrás se pensava que a televisão seria apenas mais um eletrodoméstico. Chego a pensar - "antes fosse". Nós, telespectadores, devemos ter consciência dessa manipulação constante e como profissionais devemos repudiá-la. Fazemos protestos, abaixo-assinados, tantas coisas para definir, melhorar e defender os valores de nossas vidas, porque não melhorar a qualidade das informações que recebemos?

O bom humor pode estar na mesa!


Em época de crise, eleições e final de período na faculdade. É quase impossível manter o bom humor. É dólar alto, dólar baixo, hora Margarida, hora Custódio, semiótica, ética, textos e mais textos pra ler. É difícil manter o ânimo e a disposição com tanta informação a ser cumprida e processada. Como não podemos fugir, a solução é comer bem!
Como muita gente sabe os alimentos são os grandes responsáveis pela nossa saúde, pelo nosso bem estar, e é claro pela nossa felicidade! Um almoço saboroso e agradável costuma deixar as pessoas mais alegres. Mas não é somente a companhia e o paladar que produzem esta sensação. O próprio cardápio pode ser o responsável.
A presença de algumas substâncias no cérebro é fundamental para que as pessoas se sintam felizes, dispostas e tranqüilas.
Alimentos como: feijão, ovos, leite, atum, salmão, cereais, brócolis, tomate, rúcula, mariscos, carne, amendoim, nozes e castanhas, são alguns ingredientes responsáveis pela sensação de felicidade, alto astral, evitando a irritação e depressão, além de vários tipos de doença.
Pra finalizar um bom cafezinho fornece a excitação e o prazer, além de ajudar nas horas de estudo. Mas, como tudo na vida, o excesso faz mal... Então se mantenha equilibrado!

Transgênicos - evolução ou decadência?

O desenvolvimento da ciência moderna é um tema atual e polêmico, principalmente no que diz respeito aos produtos transgênicos. Há questões éticas, sociais, ambientais, entre muitas outras.
Os produtos modificados, como a soja, podem influenciar todo o meio-ambiente à sua volta, pelo fato de ser mais resistente ao herbicida e a plantação ao lado não, o que prejudica sua "vizinha", já que a erva daninha vai procurar o sistema mais fraco para se instalar.
Isso afeta diretamente a economia, tanto pela perda da plantação "atacada", quanto pelos lucros que o produto transgênico proporciona, como uma produção mais rentável, visto que o alimento é produzido com menos gastos.
Com o uso menor de agrotóxicos os transgênicos afetam menos a saúde, é o que se imagina; porém há estudos que já verificaram que pessoas que consomem muita soja modificada desenvolveram resistência à antibióticos, o que causa grandes transtornos no tratamento de doenças graves.
E muitas pessoas podem estar sendo prejudicadas sem saber. No Brasil não há nenhuma lei que regularize a venda de produtos geneticamente modificados. Há produtores que não informam que seus produtos são transgênicos nas embalagens comercializadas, seja por não fazerem questão, ou acharem que o consumidor "não precisa saber" e, às vezes, porque pode ocorrer de ter plantado a soja "original", sem modificações, e ela ter se misturado com outra modificada.
É bem verdade que este produto poderia acabar com a fome na África, por exemplo. Mas a que custo? Ainda há muito o que ser discutido e estudado sobre o assunto, mas o certo é que os avanços científicos estão aí, para o bem ou para o mal. Só saberemos quando os produtos estiverem na boca do povo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A superação do preconceito de partir


Outro dia, entrei no blog e me dediquei a ler todos os textos. Inevitavelmente, me peguei discutindo - comigo mesma - todos os temas que foram aqui tratados e, como já era de se esperar, não cheguei a qualquer conclusão pouco mais definitiva, além de que precisava começar logo a escrever alguma coisa aqui, antes que tudo o que desperta interesse hoje em dia torne-se obsoleto.

Me relacionei diretamente ao "preconceito de partir" do Gustavo. Já quando li o título, o coração apertou como se prevesse o que seria dito dali pra frente, avisando que as palavras dele de alguma forma se relacionariam às que foram minhas, há quase um ano atrás, quando deixei de lado o meu preconceito e parti - por pouco tempo, mas parti.



Quem parte, tem diferentes motivos. Pode ser a busca por algo novo ou a vontade de esquecer algo antigo. Para mim, foram as duas coisas e outras milhares mais. A decisão de viver longe de casa por longos noventa dias representou a quebra de um ciclo de dependência que havia se criado durante toda a minha vida, que me prendia à tudo aquilo que tenho como se qualquer movimento pudesse me fazer perder o que me foi dado e o que criei - família, amigos, relações. Mas isso foi apenas a decisão que desfez. A ação, pra mim, nem aconteceria.


Tomei a decisão de viajar tendo a certeza de que algo aconteceria e me impediria de ir. Arrumei as malas um dia antes de viajar, tendo certeza de que seria inútil. Entrei no carro para ir ao aeroporto, tendo certeza absoluta que uma chuva torrencial nos faria parar no meio do caminho. Despedi de meus pais sabendo que os veria dali há algumas horas. Quando finalmente cheguei ao Rio e vi que todos estavam empolgados, pronto para a incrível aventura de viver o sonho americano e que dificilmente algo aconteceria naquele ponto que me forçaria a voltar, chorei. Chorei tanto que a mocinha que cantava no coral natalino se distraiu, perdeu o rumo da cantata e por pouco não estragou a música. Em pouco tempo, tive que superar tudo que sempre temi - inclusive o medo de avião - para partir para as desconhecidas terras da América.


Quem parte, tem necessidade de sentir o amor de quem fica. Precisa de apoio, se não na hora de ir, quando chegar ao rumo pretendido. Precisa do reconhecimento de que ir embora requer coragem e, de certa forma, precisa também saber que no lugar de origem tudo vai ficar do mesmo jeitinho. Nessas horas, é a única base que temos. E se o medo muitas vezes se mistura à ansiedade, precisa ouvir um "relaxa, vai ser ótimo". Momentaneamente, pode parecer um pouco inútil, mas decerto é melhor do que os "minha filha, pelo amor de Deus, não vai" que a minha mãe sempre me dava. Se é o anseio por mudança que eles esperam, que seja este o estímulo dado.


A conclusão que eu cheguei após superar o preconceito de partir, e com ele inúmeros receios, é que qualquer experiência é válida para o crescimento pessoal. Que mesmo ganhando em dólar, às vezes a gente precisa é comprar R$1 em balas (mas casacos de $10 não fazem mal à ninguém). Que mesmo morando sozinhos e comendo junk food o dia inteiro, não há nada melhor para a vida (e para a saúde, diga-se de passagem) que arroz e feijão. Que quando seu trabalho consiste em limpar mesas e lidar com gente mal-educada, a tendência é que você trate melhor as pessoas e deixe as mesas que usa um pouco mais limpas. Mas a lição maior é que, com exceção da superação de medos bobos e de pequenas mudanças de atitudes, nós somos, quando voltamos, as mesmas pessoas que éramos quando partimos.

Um porquê para a vida

O programa profissão repórter dessa semana foi realizado em Belém durante o Círio de Nazaré. Não sei se todos que lerão esse post tiveram a oportunidade de assistir ao programa exibido na terça dia 14 de outubro, mas espero que entendam um pouco do que eu penso.
Ao ver os novos repórteres no meio da multidão de quase dois milhões de pessoas que disputavam enlouquecidamente um espacinho perto da corda presa à berlinda que carrega a imagem fiquei me perguntando se a fé está ou não ligada à insanidade.
Para àqueles que são, como eu, um tanto céticos para assuntos religiosos, pode até parecer loucura essas pessoas que por um motivo, ainda sem explicações científicas, disputam como um cão que disputa comida, um espaço "mais perto de Deus". Mas quando olhados com uma visão mais subjetiva é possível entendê-los. Os devotos alí presente são, em sua grande maioria, representantes da população da segunda região mais pobre do país. A santa que é carregada alí é a representação material de algo superior capaz de transformar vidas.
Confesso terminar de ver o programa estarrecido com a fé que move aquelas pessoas. Um caminhão denominado carro dos milagres segue a multidão durante toda a procissão. Nele são deixados, pelos fiéis, vários objetos que significam a realização ou a intercessão por um milagre.
No meio da multidão estão ribeirinhos que abandonam suas casas e andam mais de 100 km descalços para pagar uma promessa, ou simplesmente para fazer um pedido quase impossível.
Nessas horas eu tenho orgulho da fé dos brasileiros, fé que as vezes nos bestializa, nos imuniza e que também nos transforma em algo superior à matéria. Fé esta que mostra que diferente da idéia da amiga da Flávia, somos um país riquíssimo culturalmente e que devemos nos orgulhar sim daquele povo que está lá por fé. Talvez para nós, pobres céticos limitados, aqueles homens irracionais sejam mais uns malucos que disputam a tapas um pedacinho de corda. Porém uma coisa é certa, aquela fé que eu vi pela TV dá à vida de muitos nortistas miseráveis o sentido que a gente passa a vida procurando em outras coisas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cultura e seus conceitos

Hoje, quando ia pra universidade com uma amiga, ela dizia que fulano não tem cultura. Fiquei a pensar como alguém pode não ter cultura. De fato, sabia que ela se referia à ausência de conhecimentos básicos referentes à economia, política e literatura. Apesar de entender o significado que ela havia imputado à palavra cultura, fiquei intrigada.
Segundo Roberto da Matta, cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. Desta forma, todo e qualquer indivíduo que vive em sociedade tem cultura.
A forma em que minha amiga empregou a palavra cultura, a meu ver, é errônea ou ao menos inapropriada. Pensei em outra forma de dizer a mesma coisa sem usar a palavra cultura. Não encontrei nada realmente pertinente, somente palavras excessivamente pejorativas. Talvez seja necessário criar uma nova palavra ou expressão. O que importa é que dizer que alguém não tem cultura demonstra falta dessa mesma “cultura” por parte de quem diz.

Sem Palavras...

A fama que o Brasil vem conquistando mundo afora com seus casos de corrupção envergonha o povo brasileiro e o faz desacreditar cada vez mais em seus governantes. Sem muita esperança de mudança, a população vive com a impressão de que todos os políticos são iguais: em primeiro lugar seus interesses e dane-se o povo que representa.
Há algum tempo, recebi um e-mail que me deixou orgulhosa de ser brasileira. O na época senador, Cristovão Buarque, num debate em uma universidade nos Estados Unidos, deu um show ao responder um jovem americano sobre a internacionalização da Amazônia. Questionando sobre o assunto, o americano fez questão de frisar que esperava o posicionamento de um humanista e não de um brasileiro. A quem nunca leu este texto, vejam com que sutileza nosso ex-ministro da educação calou a boca dos jovens imperialistas. Esta foi a resposta de Cristovão Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília,Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas doBrasil.Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!”

Fiquei pensando no que escrever depois deste fora educadíssimo de Cristovão Buarque. Cheguei à conclusão que não há o que falar. Buarque, representante legítimo da política nacional, calou a boca dos americanos e silenciou os brasileiros numa reflexão profunda. Enfim, cuidemos do que é nosso como '"eles" cuidam do que é deles.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um breve reflexão sobre o tempo


O TEMPO é a mobilidade das circunstâncias, é a precisão do exato momento e a conservação das memórias. Viver em busca do TEMPO perdido e perder o TEMPO vivido são paradoxos que nos levam a crer que o homem não sabe conservar a sua vida e dela tirar o maior proveito. Seja vivendo todos os dias achando que nunca consegue realizar seus projetos, seja viver achando que tem TEMPO suficiente para que as coisas aconteçam de uma forma magnífica . A espera do grande momento é a mais insana das ilusões, pois através da continuidade desses momentos é que construímos uma grande história, pela qual seremos lembrados por um TEMPO na eternidade da sucessão de acontecimentos.

Hakuna Matata!

Esses dias me peguei assitindo um vídeo do filme "Rei Leão" e fiquei com a música da cena na cabeça. Hoje, sentado em frente do computador às 4 da manhã, desesperado com meu work e com a possibilidade de acabar indo sozinho para os EUA, acabei ouvindo a música de novo.
As vezes a gente precisa mesmo "hakunar" nossos problemas e dar um tempo das coisas, mesmo que seja só por um tempo, uns minutos, segundos que seja! Vivemos em uma sociedade caótica e estamos com a cabeça a mil 24 horas por dia. Crescemos e esquecemos o quanto era bom ser criança, não ter preocupações. Talvez não esqueçamos por completo, na verdade cultivamos uma nostalgia pelo tempo em que a responsabilidade mais séria era o dever de casa. ERA BOM DEMAIS!
A gente precisa conseguir lembrar a formúla para ser criança de vez em quando. Precisa fugir, ou melhor, esquecer um pouco aqueles problemas do dia-a-dia, esquecer as vezes que as bolsas caem, que o dólar dispara, que o emprego não está lá muito fácil e que o comida do mercado sobe.
Quero salientar que não se trata de alienação, não é pra esquecer do mundo pra sempre, mas por uns minutos. Se dar um tempo para pensar, fazer, ver e rir do que quiser.
Se dê esse tempo para ser você e para rir de você mesmo, do contrário o seu destino é certo: hospício! Pra você um dia HAKUNA MATATA!

sábado, 11 de outubro de 2008

Vintche reais!

Vintche reais!

Para quem não viu, veja desde já, pois já é tempo há tempos. A frase título desse texto foi proferida por uma travesti (a minha musa atual, trava-trash) em Ji-Paraná, no Pará, no Programa do Repórter Faro Fino (ui!).

http://www.youtube.com/watch?v=OjdFsDo3hjY

Tirando a chacota e a piada a parte, pois o vídeo é engraçadíssimo, podemos utilizar do mesmo para analisar a hipocrisia social e o preconceito latente em nossa sociedade. Eu acredito no Vanessão, por vários motivos. O principal, alguém que tem a coragem de se assumir de um jeito contrário ao que a sociedade diz ser, já tem a coragem suficiente para assumir problemas e culpas que um evento/ação possa acarretar. Vanessão não é homem de se esconder por detrás de uma tarja preta, Vanessão mata a cobra e mostra o pau - e que pau! Vanessão cobra 20 reais a mais quando goza na boca, isso que é mulher.

Vanessão é isso, é a cara - drogada ou bêbada, não importa - que faz o que a sociedade quer. Mas ouvi uma notícia: - boato ou não, deu preguiça de apurar (desculpa, mas minha preguiça é tamanha que me faz ferir os manuais do jornalismo que diz sobre a apuração e a fidelidade aos fatos verdadeiros) - Vanessão morreu de AIDS. Tá, não vou entrar em qualquer mérito ou etc. Na verdade, Vanessão morreu, se morreu, vítima de preconceito. Vivendo fazendo "pograma debaixo de um pé-de-árvore", parando "as moto na BR", excluida, marginalizada, tratada como um grande gorila sexual.

Reparar na história contada pelo cara no vídeo é de suma importancia. Ele disse apenas que brincou com ela e quando percebeu que tinha "um troço grande lá", parou. Não importa se é travesti, ou mulher ou qualquer outra coisa. Ela está sendo o que ela é, mas infelizmente marginalizada, seja na vida, seja na profissão, ou seja na profissão-da-vida.

Ela não cobra 20 reais pela chupetinha porque gosta ou porque quer (tá, ela pode até gostar, mas certamente selecionaria a pessoa, de modo em que não fosse necessário quebrar a moto por isso)! Ela é vítima da sociedade, do estigma do azar de ter vindo ao mundo como é... E enquanto não destruirmos a barreira que existe em nós mesmos do preconceito, vamos continuar estagnados. E muitas Vanessões morrerão assim, a cada 'viiiintche' reais!

Chega de hipocrisia!!! Lutemos pelos direito humanos!

Assinada em 1948 como forma de garantir a paz e combater a intolerância entre os povos, a Declaração dos Direitos Humanos está completando 60 anos. Enganam-se os muitos que dizem que não há porque comemorar. É certo que em muitos países, os direitos humanos têm sido negligenciados, corroídos e violados por governos, multinacionais e grupos extremistas. A própria tática anti-terrorista vai contra seus principais princípios.
Mas é bom lembrar, que nesses últimos 60 anos, a Declaração ajudou na luta contra o apartheid na África do Sul e pela democracia com o fim da União Soviética. Ela também tem ajudado na luta contra a pena de morte, a tortura, pela igualdade entre homens e mulheres, pelos direitos das crianças, levando a enormes progressos.
O grande desafio é estreitar a distância entre as promessas feitas e a atuação dos governos. Aliás, a atuação não deve ser só do governo, mas de todos. É um dever nosso lutar para garantir nossos direitos e de nossos semelhantes enquanto humanos. Esse sim é o verdadeiro significado de solidariedade entre povos e o real significado da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Novamente a Bossa

Há algumas semanas postei um texto, aqui no blog, me referindo aos 50 anos da Bossa Nova: “A Bossa é Nossa”. Agora, volto ao assunto porque acredito que o outro texto possa ter deixado uma impressão, em alguns, diferente à idéia que eu pretendia passar.
Em momento algum minha intenção foi agir de forma preconceituosa em relação a outros estilos musicais. Longe disso! Acredito que a manifestação cultural tem que ser livre em suas diferentes formas de expressão. Não acho que toda música tenha que ser ideológica ou intelectualizada, nem estou dizendo que nossa geração seja incapaz de produzir músicas de qualidade e que esta seja inexistente hoje em dia. Mas parece que as músicas de pouco significado predominam na atualidade.
Lembro de ter assistido um especial na TV que discutia os nomes que marcaram a história da música nas décadas de 50 à 90. Participaram do especial: produtores musicais, diretores de gravadoras, empresários musicais, artistas, músicos e o resultado foi muito interessante. Além da seleção dos nomes e músicas mais marcantes de cada década, foram feitas análises das influências que estes exerceram em suas épocas. A conclusão foi exatamente a que expus em meu outro texto: de quem poderemos nos lembrar no futuro quando pensarmos em música?
Já em relação às letras da Bossa, um colega comentou que algumas composições também falam, mesmo que mais discretamente, de bunda, então me lembrei de grandes nomes da literatura que utilizam do erotismo em suas poesias e ainda sim são consagrados e imortalizados na história, como por exemplo Álvares de Azevedo. A verdade é que a intenção e a forma que se diz é que compõem o significado, reparem para a diferença de: “Moça do corpo dourado/do sol de Ipanema/ o seu balançado é mais que um poema” para “Sou cachorrona mesmo/ e late que eu vou passar.”
É importante lembrar que as músicas e os artistas também são produtores de significado, influenciando a criação de valores numa sociedade. É só reparar na atitude dos jovens de nossa época. A falta de comprometimento político e social demonstram a diferença no comportamento de gerações anteriores à nossa. Influência de uma cultura de massa que empurra goela abaixo conteúdos de baixo significado e ideais de comodismo. E a música não fica fora dessa aliança.
Acredito que em se tratando de música, todos os estilos podem coexistir pacificamente. Pena que nossa geração esteja abrindo espaço quase que exclusivo para as que proporcionam mais ritmo e menos significado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Por uma questão de solidariedade


JF Folia é a festa em que o juizforano anda de bermuda, tira a camisa e “bebi, bébi, bebi” pra tentar ver o mar.
Sábio do Azerbajão

Aproveitando a deixa da Susi decidi falar sobre o JF Folia. Segundo a Wikipédia, Micareta é o nome que se dá a um carnaval fora de época. No caso de Juiz de Fora acho que esse ano está um pouco mais fora de época do que os outros anos e demais lugares. Nunca vi outubro fazer um frio desses. Alguns termômetros marcaram hoje 13° graus. Vê se pode, pular numa micareta de 13°, e a sensação térmica, já pensou?
Mas pensando bem, sensação térmica é uma coisa relativa, possivelmente até entrar no estádio o “encarangamento” vai ser coletivo, mas depois, a solidariedade das pessoas fica tão a flor da pele, principalmente, depois de uma...duas...três...latinhas de cerveja, que a vontade de esquentar umas as outras é quase incontrolável. Ah meu Deus, quanta generosidade.
E esse ano além dos shows já agendados, da moçada bonita e de tudo que vocês já conhecem, poderão também se prevenir contra a rubéola, é isso mesmo, você paga a entrada e ganha a vacina. A prefeitura levou a sério a idéia de que “de graça até injeção na testa”. Ao menos se a sua avó te perguntar no almoço de domingo o que você fez no fim de semana, você pode falar que tirou algumas pessoas do frio e participou da campanha de vacinação
contra a rubéola.

Muito esperado!!


" Tava com saudade dessa alegria, tava com saudade do meu abadá, da pipoca mais bonita do Brasil, JF FOLIA eu vou mais a mil
Ôle leô quero sintir teu calor!
Ôle lea, eu quero é me jogar!
Vem meu amor,
vem sentir essa alegria!
vem meu amor... pro JF FOLIA! "
Euuuu v\O/\O/\O/\O/\O/\O/uuuuu