
Uma coisa tem me chamado muita atenção na televisão brasileira: a nova vertente do humor. Programas como CQC e Pânico têm roubado audiência de programas tradicionais. O caráter de humor "escrachado", ousado e até mesmo informativo tem rompido com alguns parâmetros da TV. Uma espécie de máscara transparente, onde os humoristas-repórteres buscam desmistificar as celebridades, políticos, pessoas públicas no geral, através de quadros que induzam o espectador a enxergar um ícone nacional como uma pessoa comum.
Quadros como o Em Foco do CQC, chegam mesmo, a ridicularizar a capacidade de argumentação do entrevistado, que muitas vezes são políticos ditos sérios e que normalmente não cedem entrevista a programas de humor. Como foi o caso de José Genuíno, que no quadro, mostrou-se extremamente flexível ao repórter-humorista, creditando a ele confiança total por não saber que estava dando entrevista ao CQC.
O contraste entre a abordagem feita por um telejornal formal a um político e a de um programa de humor é absurdo, não digo que há um melhor e nem pior, porque são abordagens diferentes com intuitos diferentes. Mas fico pensando no telespectador e nos índices de audiência, nos indicativos de interesse. Os programas de humor tem tido a capacidade de aproximar os políticos do espectador. A perseguição contínua aos prefeitáveis nas cobertura do CQC às eleições foi algo, senão informativo, ao menos foi intrigante, as perguntas abertas e sarcástica levaram o Brasil a bons risos e os candidatos ao desespero.
O IBOPE desses programas tem sido algo tão forte que no 4° Festival Internacional de Televisão, haverá um debate no dia 5 de novembro, entre os líderes Marcelo Tas (CQC) e Emílio Surita (Pânico) que tratará do humor na TV. A abordagem das novas formas de se fazer humor e seus limites serão discutidos. Até que ponto é conveniente aos próprios veículos de comunicação essa desmistificação do poder da imagem pública, até que ponto o humor pode ser usado como instrumento de protesto político e quais os parâmetros éticos dentro da produção desses programas.
Se formos tratar de ética deveríamos questionar também as coberturas exageradas, que utilizaram-se de uma tragédia para dramatizar, quase tornar uma novela, casos como o do João Hélio, da Isabela Nardoni e, mais recentemente, o da jovem Eloá Cristina. A proposição do Imepachment do Presidente Collor, o apelo das telenovelas para o sexo.
Enfim, ética na TV brasileira é um caso de interesse, é quase subjetivo. Quando se apresenta quadros como o Proteste Já do CQC, onde o jornalista Rafael Bastos recebe denúncias de problemas sociais e tenta resolve-los da forma mais simples possível, indo ao local e procurando o responsável pelo problema, dando-lhe um prazo máximo para a apresentação da resolução, isso pode não ser ético para uns. Sobre a ética do novo humor, Marcelo Tas, produtor do programa CQC, diz : "Quanto à ética, quero esclarecer: a função social do 'CQC' é incitar." E isso pode ser extremamente desconfortável.
Quadros como o Em Foco do CQC, chegam mesmo, a ridicularizar a capacidade de argumentação do entrevistado, que muitas vezes são políticos ditos sérios e que normalmente não cedem entrevista a programas de humor. Como foi o caso de José Genuíno, que no quadro, mostrou-se extremamente flexível ao repórter-humorista, creditando a ele confiança total por não saber que estava dando entrevista ao CQC.
O contraste entre a abordagem feita por um telejornal formal a um político e a de um programa de humor é absurdo, não digo que há um melhor e nem pior, porque são abordagens diferentes com intuitos diferentes. Mas fico pensando no telespectador e nos índices de audiência, nos indicativos de interesse. Os programas de humor tem tido a capacidade de aproximar os políticos do espectador. A perseguição contínua aos prefeitáveis nas cobertura do CQC às eleições foi algo, senão informativo, ao menos foi intrigante, as perguntas abertas e sarcástica levaram o Brasil a bons risos e os candidatos ao desespero.
O IBOPE desses programas tem sido algo tão forte que no 4° Festival Internacional de Televisão, haverá um debate no dia 5 de novembro, entre os líderes Marcelo Tas (CQC) e Emílio Surita (Pânico) que tratará do humor na TV. A abordagem das novas formas de se fazer humor e seus limites serão discutidos. Até que ponto é conveniente aos próprios veículos de comunicação essa desmistificação do poder da imagem pública, até que ponto o humor pode ser usado como instrumento de protesto político e quais os parâmetros éticos dentro da produção desses programas.
Se formos tratar de ética deveríamos questionar também as coberturas exageradas, que utilizaram-se de uma tragédia para dramatizar, quase tornar uma novela, casos como o do João Hélio, da Isabela Nardoni e, mais recentemente, o da jovem Eloá Cristina. A proposição do Imepachment do Presidente Collor, o apelo das telenovelas para o sexo.
Enfim, ética na TV brasileira é um caso de interesse, é quase subjetivo. Quando se apresenta quadros como o Proteste Já do CQC, onde o jornalista Rafael Bastos recebe denúncias de problemas sociais e tenta resolve-los da forma mais simples possível, indo ao local e procurando o responsável pelo problema, dando-lhe um prazo máximo para a apresentação da resolução, isso pode não ser ético para uns. Sobre a ética do novo humor, Marcelo Tas, produtor do programa CQC, diz : "Quanto à ética, quero esclarecer: a função social do 'CQC' é incitar." E isso pode ser extremamente desconfortável.
Um comentário:
muito bom mesmo!
eu acho ótimo que programas como estes tenham audiência, mesmo que muitos que assitem nem sempre entendem as piadinhas sarcasticas e riem por rir. Mas mesmo assim é uma forma de protesto sutil que chega bem próximo de um ideal de liberdade de expressão!
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