quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Estamos avançando...

Capazes de transformar em um dos 220 tipos de células do corpo humano, de neurônios a tecidos cardíacos, as células-tronco são a maior esperança da medicina e nos últimos anos vem sendo um dos assuntos mais debatido entre a sociedade.
A pesquisa com embriões humanos, vale lembrar, havia sido aprovada em 2005. Dois meses depois foi questionada na justiça e só em 2008 recebeu aprovação pelo Supremo Tribunal Federal. Foram três anos de angústias e dores para aqueles que consideram as células-tronco como um último e salvador recurso.
Nesta semana as esperanças se renovaram, e o Brasil deu mais um passo para a modernidade. A equipe da USP conseguiu produzir neurônios e células musculares em laboratório. Com um embrião, os pesquisadores afirmam ter conseguido centenas de milhões de células suficientes para a utilização em pesquisas por um bom tempo. Doenças como: câncer, diabetes, cegueira, doenças renais e do coração, danos na medula óssea, dentre outras, seriam beneficiadas com a utilização dessas células.
Elas podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Entretanto, o método para a sua obtenção é polêmico, já que a maioria das técnicas implementadas nessa área exige a destruição do embrião. A forma mais comum de obtenção destas células ainda é por meio de embriões congelados há mais de três anos com autorização do casal.
Mas existem ainda grupos conservadores que não aprovam este tipo de pesquisa e acabam impedindo o país de avançar mentalmente e tecnologicamente. Até esta semana estávamos estagnados no tempo e dependendo da tecnologia de outros países.
Será que é ético deixar um paciente afetado por uma doença letal morrer para preservar um embrião cujo destino é o lixo? Afinal sabe-se que 90% dos embriões gerados em clínicas de fertilização e que são inseridos em um útero, nas melhores condições, não geram vida.
Pensem em quantas pessoas serão beneficiadas no futuro, quantas doenças terão cura. Esta semana o mérito foi do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, a esperança é que daqui pra frente, tenhamos sempre o que comemorar na área cientifica.

Um comentário:

Thiago Gabri disse...

Sou extreamente favorável ao uso de célualas-tronco embrionárias! A minha diabetes por exemplo é causada, na maioria dos casos, pala má formação ou ruptura do canal que leva o adh da neurohipófise para ser distrinuida no organismo e as células tronco poderiam ser usadas para a reconstituição desse canal que é mais fino que um fio de cabelo! vamos pesquisar e avançar para não ter q continuar dependendo da tecnologia importada para cuidar dos nossos pacientes!