terça-feira, 21 de outubro de 2008
Dá um trocado?
Eu não agüento mais andar nas ruas de Juiz de Fora e ser parado de dois em dois metros por um pedinte ou vendedor ambulante! Quero deixar claro que eu não sou contra quem ganha a vida vendendo rosas ou paçoca pelos bares da cidade, ou ainda, contra àqueles que como ganha pão resta chorar por migalhas. O que me deixa profundamente irritado é a insistência das pessoas. Eles perguntam se eu tenho. Digo que não. Eles retrucam: mas nem dez centavos. Repito: NÃO. E depois desse diálogo curto já vi as os mais variados tipos de reação, desde um "obrigado e vai com Deus" até um "vai pra puta que te pariu"!Pior do que estes que pedem por pedir, são os insensíveis que jogam baixo na busca de um transeunte mais caridoso. São pais que colocam seus filhos com caixas de chicletes pelas ruas enquanto os observam, fumando atrás de algum poste próximo, ou ainda, mulheres que saem nas ruas com bebês recém-nascidos no colo e se possível te mostram o rostinho do mesmo.Não sou de pedra. Nem tão pouco um ignorante que não entende que isso é parte conseqüente de um sistema desigual. Mas confesso estar de saco cheio de não conseguir sentar para tomar uma cerveja com alguns amigos e sem que eu tenha que agüentar “vai uma rosa?", "tio, me dá um trocado", "vai outra rosa?”, “paçoca?", "Já te ofereceram uma rosa?", "Cara, intera minha passagem?".Não é dando esmola que se ajuda ninguém, ainda mais quando a gente sabe que muitos pedintes, usam o dinheiro que ganham pra beber, cheirar, fumar. Nada contra o que cada um faz com o que tem, mas já está difícil sustentar meus vício que dirá ter que sustentar os dos outros. Temos que abrir os olhos e ver se não estamos formando um exercíto de novos profissionais: Os mendigos por profissão! Já que muitas vezes é mais fácil pedir do que correr atrás para garantir um salário.Quando eu fui a Floripa, quatro anos atrás, vi espalhadas pelas ruas placas que diziam: Quem dá esmola não dá futuro! E eu concordo plenamente.Quanto aos vendedores ambulantes, acho que estão, de forma digna e honesta, correndo atrás do deles. Só que às vezes, me estressa sentar em um bar e me sentir no meio de uma feira.Cabe às autoridades competentes propiciar empregos e condições justas de trabalho para que essas cenas não sejam insuportavelmente corriqueiras e a nós, cidadãos, cobrar para que isso seja feito rápido e de maneira eficiente.
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2 comentários:
Nossa, é horrível mesmo thiago. Eu quando estou comendo ou me divertindo e a pessoa chega, eu sinto mal de falar q ñ tenho. Como se fosse errado eu estar me divertindo, enquanto que outros ñ tem dinheiro nem pra comer. E como se fosse obrigada a dar dinheiro aos outros, já que eu tenho pra gastar.É uma situação incômoda, que não cabe a nós resolver.
Realmente Thiago! Acho que não há quem goste dessa situação. Mas eu adimiro quem saí às ruas vendendo coisas para as pessoas que se divertem! A insistência e o oportunismo das mães que colocam suas crianças para venderem, é que mata!! É triste vivermos em um mundo em que não podemos nos divertir, comer, beber ou sorrir sem culpa!
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