sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Esse é o prefeito ou a fila tem que andar?

O que me motiva a escrever sobre o debate que há poucos minutos se encerrou na TV Panorama, com os candidatos a prefeitura de Juiz de Fora (Custódio Mattos e Margarida Salomão) é mais além do que falar pela primeira no blog (talvez na vida) sobre uma temática séria quanto a política. Sim, eu sei ser sério ou lidar com seriedade alguns temas e por mais que política possa render algumas boas tantas piadas, eu vou me ater a ser um jornalista com quatro ângulos retos.


Em uma última conversa dentro de sala, um mini-debate foi gerado e eu defendo a posição que eu tive na hora: acredito que toda a sociedade tem, cada vez mais, se tornado mais politizada e menos influenciável sob circunstancias quaisquer. Tanto que defendi que se caso parecido ao da manipulação do debate de 89 com Collor e Lula fosse exibido em dias atuais, as influências seriam outras e talvez o efeito não seria ter colocado o moço-bonito em Brasília. E o metalúrgico entraria lá 12 anos antes.


Sim, a sociedade está ficando mais esperta, ou mais inteligente, ou seja lá mais o que for, o importante é que mudanças tem havido em todo o contexto, não se acreditam mais nas velhas ovelhas vestidas de lobo como antigamente. O público dorme com um olho aberto, por isso, vai uma dica para quem quer: não subestime como subestimávamos antes. E não acontece diferente em Juiz de Fora.


Serei bom político em um debate: por que acreditar em mim? Não tenho propostas de governo, nem escritas, nem faladas. Até porque não me candidataria nem a presidente de turma. Acreditem em mim por dois únicos motivos para que eu seja (fui e serei) imparcial nessa minha crítica. Por mais que eu tenhas minhas preferências e ontem mesmo tenha colado uma certa ‘flor’ em meu peito, eu posso ser um cidadão escroto e dizer que não voto aqui. E me justificar por isso, seria ruim, feio e anti-ético? Sim, mas é uma justificativa. Minha zona é em Cataguases. A segunda justificativa, mais escrota ainda é que me mudarei ano que vem e espero não voltar para cá, logo se aqui virar um aterro, venho só para tirar quem gosto daqui e levar para a civilização. (Está bem, já pode perceber que não gosto tanto daqui, exagerei, gente? Mas é fato!)


Então, o que posso tirar desse debate que se realizou é que voltamos a velha e boa briga de cachorro grande: PT versus PSDB. Vertentes, pelo menos na teoria, contrárias, passados políticos contrários e, principalmente, ideais práticos contrários. Mas uma coisa é interessante que muito se falou e esbarrou no que disse anteriormente: o interesse pelo novo. É claro que é interesse do TSE que a fidelidade aos partidos se recomponha e se torne algo adequado e importante na decisão dos eleitores, pois votar em candidato é importante, mas as coligações dos partidos e os interesses por detrás desses acordos devem ser levados em consideração.


Sem me prolongar mais, vejo que essa foi a eleição dos jovens. Em minha cidade, de sete candidatos a prefeito, o vencedor foi eleito majoritariamente pelos jovens, e detalhe: era um jovem. O jovem quer mudar, quer ser aquilo que sempre foi: o poder transformador do hoje em um amanhã. Por isso, seja qual for o prefeito que o público for escolher para valer o slogan de “esse é o prefeito”, é importante que a fila ande e mais ainda, que respire o amanhã, em Juiz de Fora, em Cataguases, no Rio de Janeiro, no Estado de Minas, no País, no Mundo. Respirar o amanhã, isso é o que mudará o rumo da política e já está mudando!



Um comentário:

Thiago Gabri disse...

parece que a fila não andou neh! hehehe
vamos ver até onde vai o aterro!