quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Por uma questão de opção

Como você explicaria o caso da menina Eloá? Uma menina de 15 anos, aparentemente feliz, rodeada de amigas e amigos, estudiosa que perde a vida após o ex-namorado, de um relacionamento de mais de dois anos, lhe dar um tiro na cabeça e outro na virilha esquerda. Pensando no antes e no depois, tive minhas sinceras dúvidas: Será que conhecemos bem as pessoas que nos rodeiam e/ou com as quais no relacionamos? Eu, depois de refletir sobre atos de colegas que me surpreenderam e de acompanhar o episódio ocorrido em Santo André-SP, percebi que não. As pessoas são joguinhos de quebra-cabeça. Em cada momento nos mostra uma peça que as completam. Juro que pedi ao meu namorado que não me matasse quando nosso namoro chegasse ao fim. As pessoas têm manias de possessão quando o assunto é namoro. Se for meu namorado, é meu objeto. Como se tivesse comprado o companheiro numa feira e a partir daquele momento, pra soltar um pum, precisaria de autorização do dono. Tipo cachorrinho na coleira: acompanha, faz tudo certinho, senta, deita, que dependendo ganhará um osso. Esquece que quem está ao seu lado é uma pessoa com sentimentos, desejos e vontades, e mais do que isso, ela não é obrigada a ficar com você. Mas, pior do que o dono, que pensa ser o proprietário de alguém, é o domado que aceita a situação. Nós nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos. Não precisamos de ninguém em especial para sermos felizes. Costumo dizer que sou minha melhor companhia, e creio que todos deveriam pensar assim. Sabe aquela frase: antes só do que mal acompanhado? Lembre-se dela sempre!
Lindemberg disse não ser nada sem a ex-namorada, então qual foi o motivo pra aquele louco matá-la? Dali pra frente teria, por culpa dele, que viver sem ela. “Mas ele é desequilibrado!” Você deve estar pensando. Mas eu retruco: “Ele não era antes disso tudo. Todos falavam que ele era uma boa pessoa, feliz, não bebia, não fumava. E aí? Qual a explicação?” Quem me garante que alguma pessoa que convive comigo não pode de repente se desequilibrar e resolver me matar? É isso que critico quando vejo amigas e amigos chorando por não terem um namorado. Auto-suficiência minha gente! Temos que ter a certeza de que nós somos mais nós, antes de qualquer outra coisa. Para que ter alguém só pelo fato de ter alguém? Homens e mulheres existem aos montes por ai. Você vai ter muitos, e sempre achará que aquele da vez será o amor pra vida toda. Engano seu. Mas, se der sorte, será mesmo. Não temos certeza de nada na vida. Até porque, se tivéssemos, pode apostar, não teria graça nenhuma. O bom da vida é descobrir, se descobrir. Descobrir que o babaca que você gosta não te merece, que o outro que você esnoba pode te fazer muito feliz e que ficar sozinha por um tempo não faz mal a ninguém. “Feliz”: essa é a certeza que temos que ter, é o caminho da felicidade que se deve seguir. Não concorda? É uma opção sua. Assim como eu acho que é uma opção sua seguir o caminho que você segue. A escolha é pessoal. Só depende de você, e eu só estou dando um toque!

2 comentários:

Aline Cristina disse...

Falou tudo Susi!
Eu particularmente acho que sou mto mais feliz qndo estou solteira. Ñ q eu seja contra o namoro, só acho que estar solteira ñ é tão ruim como as pessoas pensam.

disse...

Isso aí Susi! Há pessoas que dependem de estar com um namorado o tempo todo paparicando. Apenas pela vontade de ter alguém ligando e dizendo como vc é o máximo... isso é coisa de gente insegura e que gosta de ser mimada!