Chegou o grande dia. Hoje saberemos, finalmente, quem será o novo prefeito ou prefeita de Juiz de Fora. Foram longos meses de panfletagem, horário eleitoral, comícios, corpo a corpo e debates. O assunto na cidade era um só: as eleições. Em qualquer rodinha de conversa, independente da idade, o assunto sempre acabava surgindo. A cidade aspirava política. Era inevitável ficar fora desse processo.
A população nunca esteve tão envolvida. Talvez o escândalo que assolou a cidade envolvendo o ex-prefeito Alberto Bejani explique o fato. Uma necessidade de participação aflorou na população, que decidiu então “tomar partido”, literalmente. E isso de fato aconteceu! Após o primeiro turno, a cidade ficou dividida entre o candidato Custódio Matos e a candidata Margarida Salomão. Cada eleitor fazia questão de desfilar com o adesivo do seu candidato, mostrando para todo mundo pra quem iria seu voto. Aliás, o adesivo acabou se tornando em um acessório de extrema importância, um charme a mais no look.
Nessa disputa eleitoral, falar mal de algum candidato pode render grandes desentendimentos, discussões intermináveis. E as discussões poderiam acontecer em qualquer lugar, até na internet. Muitas comunidades no Orkut foram palcos de debates ferrenhos, mostrando que as pessoas levaram a sério essa história de tomar partido. Cada um defendia o seu candidato como podia, seja enviando e-mails com difamações sobre o adversário ou espalhando boatos em instituições religiosas. E a culpa desse clima de hostilidade é dos próprios candidatos, que nessa reta final estavam com os ânimos exaltados e partiram para uma campanha apelativa e agressiva.
O calçadão aos sábados se tornava uma arena, onde os candidatos e seus cabos eleitorais tentavam devorar uns aos outros. Valia de tudo: provocações, gritos de guerra, disputa de transeuntes, confronto de bandeiras e muita panfletagem. Muitos ali presentes estavam por livre e espontânea vontade, por engajamento político. Outros, entretanto, estavam ali motivados pelo dinheiro que iriam receber.
Mas agora tudo isso é passado. Acabou a folia. Os garis agradecem, pois poderão voltar ao seu trabalho normal. Não terão que fazer hora extra no fim de semana para limpar os rastros deixados pelos seus candidatos. A nós resta esperar, para saber quem vai ganhar.
domingo, 26 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário