De dois em dois anos somos abordados por candidatos que vêm ao nosso encontro em busca daquilo que temos de mais substancial: nosso voto.
É uma enxurradade propostas (muito parecidas por sinal) que nos chegam pelos mais variados meios: como panfletos, outdoors, cartazes, muros pintados, carros de som (com um barulho infernal e músicas que não saem de nossas cabeças).
Ao término das eleições a cidade parece um campo de guerra pós-conflito, com seus campos tomados pelos resquícios da batalha. São inúmeros santinhos jogados (que de santo não tem nada, visto que passam uma imagem que às vezes não procede com a realidade), muros "pixados" com os lemas de certos candidatos, cartazes despencando dos poste de energia, que fazem com que nossa bela cidade não seja mais tão bonita...
Nesses tempos, em que visamos proteger o meio ambiente e procuramos o bem estar físico, pode-se dizer que nas eleições somos confrontados com diversas formas de poluição, como a sonora, visual, e ambiental.
É verdade que com uma boa coleta de lixo, esses problemas poderiam ser minimizados, mas nem disso dispomos. A julgar pelo quadro de nossa frota seria mais digno que ela fosse jogada no lixão, tão lastimável é o seu estado. Mas não devemos esquecer que esse caos é causado principalmente pelos próprios transeuntes, que por falta de educação e de respeito à cidade poluem-na com nunca fariam se estivessem em casa.
As propostas que vemos nos santinhos visam combater a corrupção. Há até quem proclame que devemos "varrer a corrupção", lembrando o tão popular lema de Jânio Quadros. Mas não há quem fale em varrer o lixo propriamente dito.
Há tanta sujeira que, nos bairros, muitas pessoas estão assumindo para si a tarefa de varrer o que está nas ruas. E se nos bairros está assim, imagine isso no centro de nossa cidade, que não conta com a boa vontade dessas louváveis senhoras, que prezam pelo bem estar da sua calçada. Muitas vezes temos que disputar com o lixo o espaço das calçadas (e outras tantas não conseguimos nem ver um pedacinho delas).
E não é apenas a população menos esclarecida (o "povão") quem pratica esse ato deplorável, mas principalmente os "engravatados", que deveriam ter a educação mais refinada. É comum ver homens bem penteados, de ternos bem alinhados e que nem sequer piscam ao jogar uma bolinha de papel no chão da rua. Onde está a tal da consciência ambiental, da qual tanto ouvimos falar?
Já que nosso sistema de coleta de lixo é tão precário, é preciso que os cidadãos de nossa cidade tomem para si a responsabilidade de zelar pela limpeza de nossas ruas. Se o serviço não está sendo feito, devemos fazer nossa parte, que vai além de simplesmente cobrar providências. Não contribuir com a sujeira também cai bem, obrigada.
As eleições estão chegando e vai aí mais uma proposta: além de varremos os maus políticos dos cargos, porque não varremos também os maus hábitos de nossa vida cotidiana, e começamos a zelar pela limpeza de nossa Juiz de Fora?
Um comentário:
por isso q eu que ao inves de poibirem camisa e bonè que a galera usava, principalmente o pessoal mais pobre, deveriam ter proibido a papelada porca!
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