quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O que faz você no mundo?


Dizem por aí que o mundo tem aprendido a conviver com a diversidade cultural. Nós, brasileiros, em especial sabemos bem o que é isso,colonizados por portugueses, holandeses, franceses e com traços dos índios natos somos o país da miscigenação.
Mas numa dessas reflexões de bar eu me peguei questionando sobre uma diversidade mais profunda, não a que existe entre negros, loiros ou ruivos. Mas a diversidade de pensamento, de idéias, de ações que coexistam de forma respeitosa. Então comecei a observar as pessoas que estavam a minha volta. Percebi que todas se vestiam com do mesmo jeito, fossem negros ou brancos, todas pareciam agitadas (Tudo bem! Era uma sexta-feira às 4 da tarde, confesso), todas regidas por um mesmo padrão, por necessidades comuns.
A partir desse dia passei MESMO a pensar sobre o assunto, percebi que há alguns anos existiram pessoas que modificaram a estrutura de pensamento de uma época como Einstein na ciência, Elvis e Beatles com a disseminação do rock, Martin Luther King com a sua causa social, observem que os exemplos não se restringiam a apenas um grupo, mas alcançaram a massa de uma forma incontrolável. Implantaram seus pensamentos, seu ritmo e suas teorias de forma expansiva e geral.
Na minha breve pesquisa pelo "google" achei um nome muito interessante, não sei se já ouviram falar em Banksy, mas ele é o anônimo mais famoso do mundo. É o artista de rua mais expressivo que já existiu, ninguém sabe seu nome ao certo, nem a sua aparência. Sabe-se que ele nasceu em Bristol, no Reino Unido e seus stencils são facilmente encontrados nas ruas de Londres. De grafiteiro iniciante aos 14 anos, hoje ele se destaca devido a ousadia de sua arte, que pode custar até 10 mil dólares.
Procurado pela polícia e desprezado pelos artistas, por ter tornado a arte em uma coisa "pop", o que importa é que Banksy protesta, debocha, expõe suas idéias ao mundo como forma de inovação, utiliza-se de uma habilidade para expor sua diversidade ideológica. E o faz de forma brilhante.
Não estou aqui incentivando a você a começar a riscar as paredes da sua cidade, mas vamos refletir sobre aquilo que nos faz ser nós mesmos e expor isso ao seu ciclo social, a sua comunidade, a sua cidade e ao mundo. Use suas habilidades, use a sua inteligência e não restrinja a sua capacidade a apenas um grupo seleto, porque a massa também pode aderir uma idéia inteligente.

Para quem quiser conhecer mais da arte de banksy, aqui vai o site: http://www.banksy.co.uk/

Um comentário:

Thiago Gabri disse...

Nossa o cara é realmente muito bom! MUITO MESMO!
Eu acho grafite uma forma de expressao extremamente artistica, diferente da pixação ela colore muita coisa que estaria bem pior em cinza...