sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Elas estão com tudo!

Dizer que a música pop se entregou de corpo e alma aos vocais femininos não é nenhuma novidade. Intérpretes de baladas românticas ou batidas eletrônicas, as mulheres estão abandonando seus conjuntos, retomando suas carreiras, ou formando grupos exclusivamente de garotas.
Algumas vezes essas cantoras ou bandas ficam restritas a certas regiões no mundo, mas normalmente ganham terreno em todas as línguas do estrangeiro.
Billie Holiday e Ella Fitzgerald, só para citar alguns dos vocais mais famosos do mundo da música, já deram toques de sensibilidade feminina às suas canções. Passando por Joan Baez, Dionne Warwick, Diana Ross, Cher, Olivia Newton-John e Donna Summer, as paradas de sucesso eram recheadas de hits onde os homens só participavam da festa, que era comandada por elas.
Blondie e sua incontestável Debbie Harry, Bananarama, além das meninas do ABBA também foram responsável pela formação do painel musical mundial, onde a força é resultado de muita progesterona!
Com a chegada de Madonna, Cyndi Lauper, Whitney Houstou, Celine Dion e Mariah Carey, a indústria fonográfica colheu os louros de uma época tão rentosa e lucrativa que não se via desde os remotos tempos pré-pirataria.
O cenário atual é diariamente invadido por loiras, morenas, ruivas e siliconadas que, na atual conjuntura cultural e estética, não medem saias e miniblusas para mostrar seu talento.
Na Inglaterra, terra das Spice Girls, as não menos produzidas Girls Aloud conquistaram o primeiro lugar entre os lançamentos da semana. O trio Sugababes, que faz as vezes das extintas Destiny's Child, também colecionam sucessos na terra da Rainha Mãe. Em tempo: as novatas Leona Lewis, Duffy e Katy Perry já encontraram seu lugar no mercado, com sucesso imediato da primeira música de suas carreiras.
Do América do Norte chegou a maior parte de tudo que hoje se entende como sucesso no showbusinness. Avril Lavigne despontou com suas 16 milhões de cópias vendidas com apenas 18 anos. Christina Aguilera, antes dos 20, também fez marcas invejáveis. Rihanna, ainda com 19 anos, emplacou quatro primeiros lugares no mais disputado chart do mundo, a Billboard. Se a pouca idade impressiona, Miley Cyrus, mais conhecida pela série Hannah Montana, foi premiada com quatro discos de platina e, aos 15 anos, fez uma turnê mundial.
As Pussycat Dolls e seu primeiro álbum platinado também defendem a classe. Fergie, em carreira solo, chegaou a bater as vendas de seu grupo original, Black Eyed Peas.
Nesse ritmo, a rebelde Pink também chegou recentemente ao topo das paradas, seguida por Beyoncé, que chega no fim de novembro com novo álbum e, por fim, Britney Spears, que parece ter voltado à boa forma de antes, atingindo o #1, com o single Womanizer.
Adepto fiel dos sucessos estrangeiros, o Brasil, algumas poucas vezes, é lembrado como conexão de grandes cantoras e bandas femininas. Nesta semana, Cyndi Lauper aporta em cinco capitais brasileiras para apresentar o novo show Bring Ya To The Brink, do álbum homônimo. Nele, a ex-cabelos-cor-de-rosa aposta na dance music e lança seu vigor das pistas de dança. cInto the Nightlife chegou ao primeiro lugar nas baladas noturnas.
Após a passagem da rockeira, sua contemporânea Madonna faz o show pelo Rio e São Paulo. Aos 50 anos, com a turnê Sticky & Sweet Tour, a loira pretende compensar os fãs pela tumultuada venda de ingressos e presentear o Brasil com o primeiro show em mais de 15 anos.
Já em fevereiro, está prometida a visita de Rihanna, em Florianópolis, na inauguração da boate Pacha. A morena ainda está cotada para dar as caras no carnaval de Salvador.
Usando o corpo, a mente ou a voz, essas meninas vêm tomando o lugar dos rapazes no disputado universo pop. Nessa efemeridade, que pode durar os curtos minutos de uma canção, vencem os mais fortes.

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