segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Alegria de pobre dura pouco

Nada mais, nada menos do que um ano e meio! Esse foi o tempo de felicidade de Altair Aparecido dos Santos, habitante da cidade de Limeira, interior do estado de São Paulo. O homem de 43 anos de idade havia vencido na Mega-Sena em maio do ano passado e foi assassinado no último domingo, a tiros, em sua própria chácara, após um churrasco "entre amigos".
Altair participou de um bolão composto por 16 pessoas na cidade de Limeira em que faziam apostas cruzadas entre eles e dividiriam o prêmio. A verdade é que realmente conseguiram ganhar 16 milhões na Mega-Sena, e o prêmio não foi dividido igualmente entre os vencedores. Obviamente que aqueles que foram prejudicados não ficaram nem um pouco felizes com isso e já ameaçavam Altair há alguns meses.
O caso do grupo de pessoas que tinha ganhado na Mega-Sena ficou famoso na cidade, todos sabiam quem eram os premiados e sabiam também do problema ocorrido na divisão do prêmio. O mais impressionante, o que mais me admira, é saber como as pessoas podem ser tão ignorantes ao ponto de ganhar uma considerável quantia de dinheiro, ter noção do quanto isso é perigoso num país como o nosso e nem mesmo sair da cidade onde vivem.
As pessoas pensam em exibir aquilo que tem sem no mínimo se preocupar com segurança. Os dois principais motivos, senão os únicos, porque as pessoas assassinam umas as outras nesse mundo são dinheiro e/ou mulher. Uma pessoa que ganha um boa quantia de dinheiro tem que ter noção de que precisa ter uma segurança mínima. Mas Altair, era diferente, permitiu que todos soubessem de seu grande feito, e pior, nem mesmo se protegeu.
Sábio mesmo, era Raul Seixas, que já cantava: "Eu não sou besta pra tirar onde de herói, sou vacinado, sou cowboy, Cowboy fora-da-lei. Durango Kid só existe no gibi, e quem quiser que fique aqui, entrar pra história é com vocês!". Diante de tais afirmações, é, prefiro o anonimato!

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