quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Defendendo o interesse público

Recebi um e-mail que tinha em anexo um trecho do jornal apresentado por Alexandre Garcia no DFTV. Falava sobre os asfaltos de péssima qualidade que se encontram pelo Brasil a fora. Primeiramente o jornalista aponta os dados: só quem vai ao exterior conhece asfalto de verdade. Paradoxalmente, empreiteiras brasileiras fazem asfalto de boa qualidade em países de primeiro mundo. Quem passeia pelo nordeste também pode conferir a capacidade que brasileiros têm de construir estradas que resistem às chuvas, sem serem destruídas e nem fazendo acúmulo de água. Esta é a Br101, entre Recife e Natal, feita por quatro batalhões de Engenharia de Construção do Exército. No fim, o jornalista fecha a reportagem indagando o por quê das demais estradas do país não serem feitas da mesma forma. Questiona se é por que no Exército não haveria superfaturamento e nem sub-estradas. Achei muito interessante a reportagem por diversos motivos. Um deles é por se tratar de um tema de grande importância para os brasileiros e que, no entanto, é pouco discutido. Também, a posição clara do jornalista contra a corrupção inserida na construção de estradas e, ainda, o por quê de reportagens como essas não serem veiculadas em jornais como o Bom Dia Brasil ou, até mesmo, o Jornal Nacional, de maior visibilidade. Como futuros jornalistas fica a nós a questão, se é ético colocar nossa opinião de forma tão clara em um jornal televisivo largando a imparcialidade de lado. Mas não pára por aí, vem ainda a questão oposta. Até que ponto é ético deixar a opinião pública a mercê de políticos tão corruptos, tendo o jornalista uma arma tão eficaz em suas mãos?

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