quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Além do que se vê

Sabemos que não somos simples indivíduos. As pessoas carregam dentro de si uma infinidade de adjetivos, de qualidades e limitações, de habilidades e debilidades, e cada um desses fatores vai formar a nossa identidade. Precisamos nos diferenciar uns dos outros assim como precisamos nos aproximar dos nossos comuns e é nessa necessidade que mora o problema da busca pelo reconhecimento do ser. É na juventude, na adolescência que se assentarão todos os elementos que nos compõem e é aí descobriremos, num primeiro momento, que pessoa que de fato somos. Através dessa descoberta se dá o achado da nossa luz individual, aquela que permeia os nossos caminhos vocacionais, nossas escolhas e nossos planos. Essa luz é uma metáfora da evidência das nossas vilosidades, das características que traduzem o nosso ser. Alguns são inteligentes, habilidosos com português, com matemática ou com química. Outros são bons desportistas, excelentes jogadores de basquete, de futebol. Outros ainda são talentosos nas artes, são atores, cantores. Temos também aqueles que são bonitos, comunicativos e extrovertidos. Uns são grandes inventores e solucionadores de problemas práticos, outros são empreendedores e bons negociadores. Qualquer um destes tem seu próprio papel e sua própria utilidade, mas o grande problema é que o mundo não parece estar interessado em preservar essa autenticidade, principalmente presente nos jovens. A todo momento somos convencidos que devemos todos ouvir tal música, vestir tal roupa, praticar tal esporte, freqüentar tal lugar, escolher tal faculdade. E onde isso tudo tem nos levado?

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