quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Salas vazias


O número de cursos a distância (EAD) de graduação, de disciplinas da graduação e de pós aumenta a cada ano. Segundo a pesquisa realizada pelo Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraead), em sua edição 2008, mais de 2,5 milhões de brasileiros estudaram em cursos com metodologias a distância no ano de 2007. Esse crescimento traz à tona várias questões em torno do problema da educação no Brasil. Aumentar o acesso ao ensino de baixa qualidade seria a solução?

Muitos professores defendem o método e afirmam que, como na sala de aula, o aprendizado depende essencialmente do aluno, por isso só o contato pela internet seria suficiente para a formação do mesmo. Em contrapartida, conservadores criticam o ensino a distância, da mesma forma que há 10 anos diziam que o computador era um mal e que nada substituiria o livro. Realmente um não tomou o lugar do outro, pelo contrário, a rede se tornou um auxiliar fundamental ao ensino. Provavelmente, o sistema de EAD seguirá esse mesmo caminho, ou seja, será apenas uma opção além da sala de aula.

É claro que o novo método tem muitos pontos negativos. Todos sabemos que a presença do professor é necessária não somente para o esclarecimento de dúvidas, mas também para incentivar e direcionar o aluno nos estudos. Além disso, o convívio com os colegas de classe e o ambiente escolar são fundamentais para formação do indivíduo. No entanto, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente, hoje em dia é necessário conciliar o horário das aulas com o do emprego e isso já é muito difícil. Sem falar nas pequenas cidades que ainda não possuem estrutura para instalar uma faculdade. É, enquanto o Brasil não organiza seu sistema educacional o jeito é encarar positivamente as novas alternativas de aprendizado.

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