quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O novo social

A faculdade de comunicação prega a seus alunos que o mundo passa por uma era de intensa virtualização do real. Os professores indicam uma penca de livros de autores que vão de Jean Baudrillard à Pierre Levy, nos quais todos abordam o assunto. A problemática maior não está na questão da virtualização em si e sim na forma como lidamos com ela.
É engraçada a velocidade com que conseguimos agregar, quase que por simbióse, os novos aparatos eletro-eletrônicos. Desfilamos na rua com fones que trasnformam o som cotidiano nas músicas que mais gostamosda, os nóvos ouvidos se unem aos novos olhos que se apresentam como imagens na tela do computador. A nossa boca, capaz de expressar por sons o que sentimos, se tranformou em dedos frenéticos que deslizam pelo teclado digitando tudo que pensamos ou sentimos. O novo homem é tão virtual que prefere os relacionamentos online àquilo que nos torna humanos, que é a nossa capacidade de estabelecer relacionamentos reais através do uso do nosso pensamento crítico. A onda do "Second Life"é a prova mais concreta disso.
Mas o que é real?? O que é virtual?
Em um mundo inconstante a realidade(físico) confunde-se com o ficcional(imáginario, psicológico) fazendo com que nós, criadores de tal ficção, percamos o controle sobre a barreira que divide essas duas vertentes humanas. Tal descontrole faz com que as perguntas acima sejam respondidas de acordo com a visão individual de quem as interpreta! Para mim real e virtual, coexistem na sociedade e são interdependentes, uma vez que nós, capitalistas ocidentais, não vivemos mais sem mídia, sem próteses e sem as milhares vantagens que a vida virtualizada nos traz.

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